A Polícia Federal (PF) anunciou, nesta quarta-feira (7), o indiciamento de 13 pessoas pelos crimes cometidos durante a controversa operação “Lei e Ordem”, realizada em agosto de 2020 na região do Rio Abacaxis, abrangendo os municípios de Borba e Nova Olinda do Norte, no Amazonas.
A longa investigação da Polícia Federal, que se estendeu por quatro anos, apontou policiais militares do estado como os responsáveis por oito homicídios e uma série de abusos perpetrados contra moradores ribeirinhos e indígenas da área. Entre os crimes identificados estão ameaças, tortura, violação de domicílio, sequestro e cárcere privado.
De acordo com o relatório da PF, as ações criminosas foram coordenadas por duas autoridades, que teriam atuado para obstruir a fiscalização de outras instituições e para impedir que os 11 executores diretos fossem investigados e punidos. O inquérito detalhou a participação de cada um dos responsáveis pelas mortes, classificando-os como autores diretos dos homicídios.
Os 13 indiciados deverão responder na Justiça pelos crimes de homicídio qualificado, constituição de milícia privada, destruição, subtração ou ocultação de cadáver, vilipêndio a cadáver, fraude processual e tortura.
A Polícia Federal também comunicou que mantém o acompanhamento dos riscos enfrentados pelas comunidades do Rio Abacaxis, em colaboração com outras instituições públicas. A corporação reiterou seu compromisso com a proteção dos direitos humanos e dos povos indígenas na região.

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