Manaus experimentou nesta quinta-feira o segundo dia seguido com a cidade tomada por fumaça de queimadas. A grande quantidade de fuligem na atmosfera da capital do Amazonas, inclusive, assustou alguns moradores com forte restrição de visibilidade a acentuado odor de queimado no ar.
A visibilidade horizontal por presença de fumaça chegou ontem de manhã a apenas dois mil metros no aeroporto de Manaus. Hoje, no mesmo horário, era de quatro mil metros. Na tarde desta quinta, as condições de visibilidade melhoraram.
Diferentemente de outros dias, o vento pode ter ajudado a carregar a fumaça do outro lado do Rio Negro para a cidade. No trânsito, a visibilidade ficou prejudicada, exigindo que os faróis dos veículos fossem acesos.
A Prefeitura de Manaus informou que, segundo os dados do programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, a fumaça que encobre a cidade, é oriunda de atividades do meio rural, realizadas no interior do estado, principalmente em cidades da região metropolitana de Manaus.
Imagem de satélite de profundidade óptica de aerossóis, que idenfificam a presença da fumaça e sua densidade, mostravam hoje que a área de fumaça se concentrava na cidade de Manaus e seus arredores, ou seja, a origem era na própria região, o que confirma a informação da prefeitura manauara.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o estado do Amazonas teve nos primeiros 20 dias deste mês 5.224 focos de calor identificados por satélites.
O número supera e muito a média histórica de 1998-2022 de 3.003 focos de calor no nono mês do ano. Trata-se já do segundo pior setembro de fogo no Amazonas em toda a série histórica, dez dias antes de o mês terminar. Somente 2022, com 8.659 focos de calor, registrou mais queimadas no Amazonas que 2023.
O Amazonas chegou a registrar mais de mil focos em um único dia neste mês. No dia 5, segundo dados do Inpe, foram 1.255 focos de calor captados por satélites. O segundo pior dia deste mês foi o dia 4 com 468 focos e o terceiro o dia 7 com 381.
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