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Funai cumpre agenda institucional em Manaus para fortalecer atuação na Amazônia

A pauta incluiu discussões sobre reestruturação administrativa, melhorias na atuação territorial e estratégias para atender às demandas dos povos indígenas.
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AFundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) promoveu na quarta-feira (27) mais uma reunião institucional com representantes da alta gestão e servidores para alinhar estratégias e fortalecer a atuação do órgão. Desta vez, o encontro ocorreu na Coordenação Regional (CR) da Funai em Manaus, no Amazonas, reforçando o compromisso da alta direção da autarquia em percorrer as 39 CRs espalhadas pelo país para ouvir as demandas dos servidores e mapear os principais desafios.

Sabemos dos desafios enfrentados pela coordenação e pelas CTLs, mas estamos aqui para ouvir, compreender as demandas e trabalhar juntos por soluções que fortaleçam nossa presença nos territórios indígenas.

Joenia Wapichana, presidenta da Funai 

A pauta incluiu discussões sobre reestruturação administrativa, melhorias na atuação territorial e estratégias para atender às demandas dos povos indígenas. A CR de Manaus, sob a qual estão vinculadas dez Coordenações Técnicas Locais (CTLs), é responsável por atender cerca de 60 povos indígenas distribuídos em uma vasta área territorial na Amazônia que abrange a região central do Amazonas e o sudoeste do Pará. Essa região apresenta desafios únicos, como a grande extensão geográfica, dificuldades de acesso e a necessidade de recursos logísticos específicos para atuar junto às comunidades indígenas.

Por isso, a presidenta da Funai, Joenia Wapichana, ressaltou que a CR de Manaus é um pilar essencial no trabalho da autarquia indigenista na Amazônia. Joenia também reafirmou o compromisso de sua gestão com a melhoria das condições para atuação da unidade descentralizada. Entre as ações, está a adesão ao Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), que abriu 502 vagas para o órgão. Embora o quantitativo ainda seja insuficiente para atender às demandas, trata-se de um grande avanço para a reestruturação da Funai.

“Sabemos dos desafios enfrentados pela coordenação e pelas CTLs, mas estamos aqui para ouvir, compreender as demandas e trabalhar juntos por soluções que fortaleçam nossa presença nos territórios indígenas. Com relação a falta de servidores, estamos batalhando por mais vagas e por uma redistribuição equilibrada de servidores, priorizando as regiões que mais necessitam”, enfatizou a presidenta, reforçando o compromisso em garantir que as unidades locais da Funai tenham equipes capacitadas e em número suficiente para atender as comunidades.

Para o coordenador regional da Funai em Manaus, Emilson Munduruku, a presença da alta gestão da autarquia na região, com espaço para o diálogo, representa um avanço significativo para os servidores e também para as comunidades indígenas.

“Conseguimos alinhar algumas questões, mas principalmente aproximar a diretoria da Funai do movimento indígena e dos servidores da Funai. Isso, sem dúvida nenhuma, é um momento importante que vai fazer muita diferença a partir de hoje tanto para os servidores da CR Manaus, quanto para os parentes que conseguiram conversar com a presidência”, afirmou.

Avanços

Mesmo com um déficit de cerca de 4 mil servidores, a Funai segue atuando para cumprir sua missão institucional de promover e proteger os direitos dos povos indígenas. Desde o início da atual gestão, 11 territórios indígenas tiveram  as portarias declaratórias assinadas e outrs dez áreas foram homologadas, resultado de um minucioso e técnico desenvolvido pela Funai.

Também foram ampliadas as ações para garantir o acesso a direitos sociais, ao desenvolvimento sustentável e à soberania alimentar nos territórios, considerando o atual cenário de mudanças climáticas, como explica a diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável, Lucia Alberta Baré.

“Desde o ano passado, temos vivenciado os efeitos das mudanças climáticas, que causaram muitos problemas para os parentes indígenas, como a perda de suas fontes de sustento. Aqui na região, o trabalho para apoiar essas comunidades foi intensificado, especialmente na entrega de cestas de alimentos, como medida emergencial”, afirmou.

Política compartilhada

Nossa tarefa é articular a política indigenista de forma ampla, ajudando outras instituições a cumprirem suas responsabilidades junto aos povos indígenas. Não é só a Funai ou a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) que tem esse papel, é uma missão de várias frentes.

Mislene Metchacuna, diretora de Administração e Gestão da Funai

A reunião também abordou a importância de reabrir e fortalecer as Coordenações Técnicas Locais que haviam sido desativadas ou enfraquecidas em gestões anteriores. A alta gestão da Funai destacou que essas iniciativas precisam ser planejadas com cautela, garantindo recursos humanos e logísticos adequados para cada unidade.

A  diretora de Administração e Gestão, Mislene Metchacuna, lembrou que a integração do trabalho entre a sede da autarquia em Brasília e as unidades descentralizadas é parte fundamental no fortalecimento das ações da instituição. A diretora também ressaltou que o trabalho da Funai é articular e orientar a política indigenista junto aos demais órgãos do Governo Federal, estados e município, que também são responsáveis por assegurar os direitos dos povos indígenas.

“Nossa tarefa é articular a política indigenista de forma ampla, ajudando outras instituições a cumprirem suas responsabilidades junto aos povos indígenas. Não é só a Funai ou a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) que tem esse papel, é uma missão de várias frentes”, pontuou.

Também participaram da reunião o ouvidor em exercício, Igor Sousa; e o assessor da Presidência, Martinho Alves.

Assessoria de Comunicação/Funai

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