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Desmatamento em terras indígenas da Amazônia alcança o menor nível em seis anos

A desintrusão das TIs, promovida pelos esforços do governo Lula em conter o garimpo ilegal, pode ter sido um dos fatores decisivos para a queda
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Marizilda Cruppe / Greenpeace

O desmatamento ilegal nas terras indígenas da Amazônia teve uma redução de 42% entre agosto de 2023 e março de 2024, segundo relatório do Imazon. É a menor taxa de derrubada de árvores no território nos últimos seis anos.

A Terra Indígena Moskou, em Roraima, foi o território mais afetado pelo desmatamento ilegal no período. O relatório aponta que a desintrusão das terras indígenas, promovida pelos esforços do governo em conter o garimpo ilegal e a invasão, pode ter sido um dos fatores decisivos para a queda no volume de desmatamento.

“Em 2023, a TI Apyterewa esteve entre as mais desmatadas por seis meses consecutivos. A redução do desmatamento nesta TI pode estar associada a operação de retirada dos não-indígenas que estavam em situação ilegal na área”, destaca Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon. A TI está há quatro meses seguidos sem aparecer no ranking das dez terras indígenas mais desmatadas.

Derrubada na Amazônia legal também segue em queda

A área da Amazônia legal acumulou 1.948km² e desmatamento no mesmo período analisado. Esse é o menor valor da série histórica, iniciada em 2018, e quase três vezes menor que o pico de desmatamento registrado em 2021, durante o governo Bolsonaro.

 Gráfico produzido pelo Imazon

O mês de março também marca o 12º mês em consecutiva queda na perda florestal, apresentando 124km², o equivalente a uma diminuição de 64% em relação ao começo de 2023.

“A baixa consecutiva na devastação demonstra que as políticas de combate à derrubada na Amazônia estão sendo eficazes, apesar disso, é preciso continuar com as ações de combate e controle do desmatamento na região, focando principalmente nos territórios protegidos e nas áreas de intensa pressão ambiental”, reforça Amorim.

Os estados do Amazonas, Mato Grosso e Roraima foram os que mais desmataram no terceiro mês deste ano, respectivamente 28%, 26% e 25%, ocupando 79% da devastação em toda a Amazônia Legal, o que representa 98 km², área semelhante à cidade de Vitória, capital do Espírito Santo.

 

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