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Água em Manaus é a mais cara do Norte e a 5ª no país, mostra estudo

A pesquisa também identificou que o lucro da concessionária Manaus Ambiental, que foi substituída pela Aegea Saneamento em março de 2018, subiu de R$ 8,9 milhões em 2011 para R$ 42,4 milhões em 2017.

 A tarifa de água paga em Manaus é a mais cara entre as capitais da Região Norte e a 5ª mais cara do país, segundo estudo da PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro). A pesquisa também identificou que o lucro da concessionária Manaus Ambiental, que foi substituída pela Aegea Saneamento em março de 2018, subiu de R$ 8,9 milhões em 2011 para R$ 42,4 milhões em 2017.

Os dados constam na pesquisa que é uma tese de doutorado intitulada ‘A luta pela água na Amazônia: desafios e contradições do acesso a água em Manaus’, do padre Sandoval Alves Rocha e defendida em fevereiro deste ano. A pesquisa avalia a privatização do serviço de água e esgoto de Manaus a partir do ano 2000.

O estudo é baseado em dados de 2016 do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), que apontam, entre outras informações, que a tarifa média por metro cúbico em Manaus chegou a R$ 5,31 em 2016, a mais cara entre as capitais da região norte e a quinta mais cara do Brasil.

No ranking das capitais da Região Norte, Manaus é seguida de Porto Velho (RO), cuja tarifa média chega a R$ 4,78; Macapá (AP): R$ 2,66; Boa Vista (RR): R$ 2,56; Belém (PA): R$ 2,53; e Rio Branco (AC): R$ 2,23.

Além da média mais cara por metro cúbico, Manaus também registra 44,15% de perdas na distribuição de água tratada. De acordo com o estudo, Boa Vista (RR) apresenta 65,99% de perdas, a maior entre as capitais do Norte. A menor se concentra em Palmas (TO), com 13,05%.

O estudo mostra a evolução de água e esgoto em Manaus, que em 2007 alcançava a 68ª posição no ranking das 100 maiores cidades brasileiras que tem serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Em 2016, a capital amazonense foi para a 96ª posição, a 5ª pior posição. Além disso, segundo dados do SNIS 2016, o atendimento de água alcança em Manaus 87,79%.

A empresa Águas de Manaus não quis comentar sobre o preço médio do metro cúbico de água em Manaus, mas afirmou que atualmente 40% do volume captado do Rio Negro e tratado pela empresa é desperdiçado. A empresa também disse que os principais motivos são as ligações irregulares e, por isso, criou programas para regularizar ligações e negociar dívidas.

 

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