A queda de cabelo é uma das principais queixas em consultórios dermatológicos no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cerca de 42 milhões de brasileiros enfrentam algum grau de calvície. Entre os homens, 25% já apresentam os primeiros sinais entre os 20 e 25 anos de idade e até 50% dos homens aos 50 anos. Já nas mulheres, 50% terão algum grau de alopecia androgenética (calvície) após os 50 anos. Mas afinal, quando procurar ajuda médica?
Segundo o dermatologista Sidharta Gadelha, especialista em tricologia e transplante capilar, o primeiro sinal de alerta é o afinamento dos fios. “Se você percebe que seu cabelo está ficando ralo ou mais fino, o ideal é procurar um dermatologista o quanto antes. O diagnóstico precoce é fundamental para melhor resposta ao tratamento e retardar a progressão da calvície”, afirma.
O especialista explica que o diagnóstico capilar é feito por meio de tricoscopia digital, exame que utiliza um equipamento com aumento de até 70 vezes para visualizar o couro cabeludo com precisão. “Esse exame nos permite identificar diferentes tipos de alopecia e definir o melhor tratamento para cada caso”, explica Gadelha.
Embora muitas pessoas associam a calvície diretamente ao transplante, o procedimento é indicado em casos específicos. “Recomendamos o transplante para os pacientes que não tiveram boa resposta aos tratamentos clínicos ou aqueles que buscam aumentar a densidade capilar e recuperar sua autoestima”, pontua o médico.
Gadelha destaca ainda que o transplante capilar é um procedimento seguro, indolor e realizado em ambiente hospitalar. Segundo o médico, todas as etapas são cuidadosamente planejadas para garantir a segurança e o conforto do paciente. O procedimento é minimamente invasivo e, com o uso de anestesia local, o paciente não sente dor durante a cirurgia.
“Nossa equipe já conta com o acompanhamento de um anestesista especializado, o que reforça o compromisso com o bem-estar e a tranquilidade do paciente ao longo de todo o processo. Posso falar com propriedade, porque já passei por duas cirurgias. É um processo seguro e tranquilo quando realizado no local adequado e com a presença de um anestesista”, destaca.
Conheça os tratamentos capilares não cirúrgicos
Além do transplante, há uma série de alternativas terapêuticas que podem ser utilizadas no tratamento da calvície. Entre os recursos mais utilizados estão medicamentos orais, tópicos, microinfusão de medicamentos na pele (MMP), laserterapia, exossomos e plasma rico em plaquetas (PRP).
“O tratamento precisa ser individualizado e só pode ser definido após avaliação médica. O tempo de resposta aos tratamentos pode variar de pessoa para pessoa e vai depender do grau de calvície. Os protocolos costumam incluir de quatro a seis sessões com intervalos mensais. Já o transplante capilar exige um prazo maior. Em seis meses já se nota um resultado bastante satisfatório, porém o resultado da cirurgia só é visível após um ano”, explica Gadelha.
A importância de buscar ajuda o quanto antes
Para quem tem receio de procurar ajuda médica, o dermatologista é categórico: “Tempo é cabelo. Quanto antes iniciar o tratamento, maiores são as chances de recuperar os fios sem cirurgia. Não há idade mínima para começar um tratamento capilar, desde que as abordagens sejam adaptadas à faixa etária do paciente”, conclui.
Texto: LD Comunicação

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