Na teoria, após dois jogos convincentes do Flamengo, a expectativa era aproveitar o fator Maracanã e abrir boa vantagem contra o Peñarol. Na prática, o time voltou a jogar mal, perdeu por 1 a 0 em casa para os uruguaios, e o resultado que deixa o Rubro-Negro à beira da eliminação nas quartas de final da Libertadores caiu na conta de Tite, alvo de xingamentos da torcida durante a partida.
O técnico viveu um jogo tenso à beira do gramado. Normalmente discreto e de poucas reações, Tite desta vez não escondeu os sinais do nervosismo: língua de fora, dedos das mãos mexendo sem parar; agitação no banco e até invasão de campo.
Mesmo com o joelho direito debilitado após lesões e cirurgia, o ansioso Tite invadiu o gramado duas vezes para pegar a bola após o árbitro parar o jogo. A ideia era agilizar a reposição de bola. Na primeira, ele conseguiu tirar uma bola que estava sobrando em campo. E na segunda, quase dividiu com Maxi Olivera, do Peñarol, e levou uma bronca da arbitragem.
Quando saiu o gol de Cabrera, com apenas 12 minutos de jogo, Tite apontava com dois dedos de cada mão para a testa, num claro sinal para os jogadores não perderem a cabeça e manterem o foco. O time até conseguiu retomar o controle da partida e desperdiçou boas chances de empatar, principalmente no primeiro tempo.
E o técnico as lamentou de diferentes formas: bambeando o corpo para trás e para frente; chutando o vento de perna esquerda; fechando os olhos e levando a mão à cabeça sentado no banco; segurando os braços de Matheus Bachi e Cléber Xavier, seus auxiliares; e olhando para o céu, sem acreditar.
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