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‘Se me matassem agora, seria um favor’, diz pai do jovem morto ao lado da mãe em carro

"Eu fui até o local dos fatos. Vi meu filho agonizando e vi minha mulher alvejada dentro do carro, só que eu não pude chegar perto", contou.
Foto: Divulgação

Olegario Nazario de Lima, de 58 anos, marido de Margareth de Fátima, de 52, e pai de Matheus Lima, de 29 anos, ambos mortos a tiros em carro no bairro de São Lucas, zona leste de São Paulo, na noite da terça-feira (11), contou que esteve na cena do crime e afirmou ter as próprias desconfianças sobre o autor dos disparos.

“Eu fui até o local dos fatos. Vi meu filho agonizando e vi minha mulher alvejada dentro do carro, só que eu não pude chegar perto”, contou. O homem suspeita que a esposa conhecia o autor do crime por ter estacionado o carro e abaixado o vidro. “Ela parou o veículo, não foi no meio-fio, não estava com o vidro fechado. A pessoa estacionou a moto do outro lado, veio conversar com ela e fez os disparos”, supõe Olegario.

Ainda sobre o momento que encontrou a esposa e o filho mortos dentro do carro, o pai disse nunca ter imaginado viver uma cena parecida. “A única coisa que pedi, assim que vi essa tristeza, foi ao policial militar que me abraçou tentando me tirar dali que me desse um tiro. Eu falei: ‘Pelo amor de Deus, pega o seu revólver, me dá um tiro na cabeça, porque dá tempo de eu encontrar com eles ainda’. Eu quis morrer, né. É uma sensação inexplicável, uma dor dilacerante”, falou.

De acordo com Olegario, a polícia está dando todas as informações do caso para ele, mas o homem foi orientado a não comentar nada sobre as investigações por uma questão de sigilo e de segurança para ele e para o outro filho do casal, Arthur de Souza Lima, de 24 anos.

“Quanto a minha segurança, eu não ligo. Eu acho que se me matassem agora seria um favor. Eu não tenho medo de morrer mais, não. Queria até morrer, porque aí eu encontrava com eles mais rápido. Eu só não falo nada pela segurança do meu filho e para não atrapalhar a investigação”, disse o homem.

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