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Senador destaca outras alternativas de combate à dengue, além da vacina.

O senador detalhou ainda outros experimentos feitos no Brasil que mostraram uma queda de até 80% dos casos com o uso de armadilhas de mosquitos. Marcos Pontes disse que as tecnologias estão disponíveis para o Ministério da Saúde
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Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O senador Astronauta Marcos Pontes, do PL de São Paulo, lamentou o que chamou de falta de planejamento no enfrentamento à dengue. Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados desde o início do ano 512 mil casos da doença em todo o País com a confirmação de 75 mortes. O também ex-ministro da Ciência e Tecnologia do governo Bolsonaro defendeu medidas alternativas no combate à dengue. Ele citou o uso de mosquitos geneticamente modificados em laboratórios para que os machos não produzam descendentes. Um estudo da FioCruz mostrou a redução de até 77% da incidência de casos de dengue com mosquito infectado com uma bactéria que impede a transmissão do vírus. O senador detalhou ainda outros experimentos feitos no Brasil que mostraram uma queda de até 80% dos casos com o uso de armadilhas de mosquitos. Marcos Pontes disse que as tecnologias estão disponíveis para o Ministério da Saúde

Mosquitos modificados geneticamente para que eles não carregam ou que eles se espalhem essa mutação para que não carregue a dengue mais. Mosquitos que evitem a reprodução dos mosquitos da dengue. Existe tudo isso, foi previsto. Nós temos uma série de outras possibilidades, armadilhas etc. que países como a Índia, como a Indonésia têm utilizado com resultados acima de 70%. E por que isso já não usa no Brasil ainda?

O senador Astronauta Marcos Pontes também defendeu o uso da vacina japonesa, que começa a ser aplicada gratuitamente nas crianças de 10 a 11 anos de idade em todo País. O imunizante estava disponível na rede privada, mas está em falta em diversos estados. Ele alertou, no entanto, que a imunização de toda a população não será feita este ano pela produção insuficiente da vacina. Ao citar que o imunizante japonês foi liberado pela Anvisa em março do ano passado, ele ponderou que houve falta de planejamento do governo federal, que poderia dispor das doses necessárias. De qualquer maneira, Marcos Pontes defendeu mais investimentos na produção nacional.

Agora podemos desenvolver as vacinas no Brasil, mas leva um tempo e isso está sendo feito tanto em Minas Gerais no CT vacinas, o Centro Nacional de Tecnologia de Vacinas que a gente criou lá do lado da Universidade Federal de Minas Gerais. O Butantan de São Paulo, no meu Estado de São Paulo, tem desenvolvido uma vacina para a dengue e está trabalhando com isso. A gente precisa apoiar esses desenvolvimentos e colocar recursos para esses desenvolvimentos e ao mesmo tempo tomar providências imediatas com relação ao que existe. O que é que a gente tem mã? A vacina japonesa. Por que não usar?

A vacina contra a dengue tipos 1 e 2 desenvolvida há dez anos pelo Instituto Butantan está na fase 3 de testes e deverá estar disponível apenas no ano que vem. O imunizante será de dose única ao contrário do japonês que requer duas aplicações e está restrito ao público de 4 a 60 anos. O Distrito Federal, Minas Gerais, Acre, Paraná, Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro lideram o número de casos de dengue no País. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

 

 

 

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