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Pressionado pelo Planalto, presidente da Petrobras renuncia

A Petrobras publicou a renúncia em um fato relevante.

O presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, renunciou ao cargo e ao seu assento no Conselho de Administração da empresa nesta 2ª feira (20.jun.2022). O anúncio vem depois de a estatal reajustar os preços do diesel e da gasolina. A saída de José Mauro Coelho foi informada durante uma reunião da diretoria.

A Petrobras publicou a renúncia em um fato relevante. A nomeação de um presidente interino será decidida pelo Conselho de Administração. Eis as íntegras dos comunicados da renúncia à presidência (65 KB) e ao assento no Conselho (65 KB).

Com a saída, o presidente Jair Bolsonaro (PL) terá o 4º CEO da estatal indicado por ele. José Mauro Coelho ficou 1 mês e 9 dias no cargo.

Na 6ª feira (17.jun), a estatal aumentou em 5,18% o preço da gasolina vendida às distribuidoras. O diesel teve alta de 14,26%.

O reajuste foi alvo de críticas do presidente Bolsonaro e seus ministros. O chefe do Executivo disse na 6ª feira (17.jun) que irá propor, junto ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a formação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o presidente, os diretores e os Conselhos administrativo e fiscal da estatal.

Lira pediu a renúncia de José Mauro Coelho. O presidente da Câmara também afirmou que o então presidente da Petrobras não tinha legitimidade e pratica “terrorismo corporativo”. Chamou a estatal de “criança mimada” e falou em tributar lucros.

O governo Bolsonaro já indicou novos nomes para o Conselho da Petrobras. A indicação de Caio Paes de Andrade, atual secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, foi confirmada pelo Ministério de Minas e Energia em 9 de junho. Para ele assumir, no entanto, é necessária uma assembleia do Conselho de Administração.

 

GUERRA IDEOLÓGICA

A alta dos combustíveis e as tentativas de frear os preços virou uma guerra eleitoral-ideológica para vencer a disputa pelo Planalto em 2 de outubro. A inflação está na casa dos 11% ao ano.

Bolsonaro, Lira e outros do campo governista sabem que o estrago no bolso dos mais pobres está feito. Reduzir o ICMS, cobrar mais imposto da Petrobras ou qualquer outra medida não aliviará a condição daqueles que neste momento precisam usar lenha para fazer comida (porque não têm dinheiro para comprar um botijão de gás) –veja no infográfico abaixo.

No eleitorado brasileiro, 46% têm renda familiar (não pessoal) de até 2 salários mínimos. São pobres. São eles que decidirão a eleição presidencial. Leia a análise do Poder360 aqui.

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