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Mendonça causa incômodo no Ministério da Justiça ao dizer que não entende como Planalto foi invadido

Para interlocutores do ministro Flávio Dino, a fala de Mendonça não foi condizente com a postura do cargo que ele ocupa no STF.
Foto: Divulgação

As afirmações do ministro do André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), de que o Brasil e ele próprio gostariam de ver as imagens do prédio do Ministério da Justiça no dia 8 de janeiro causaram incômodo na pasta.

Para interlocutores do ministro Flávio Dino, a fala de Mendonça não foi condizente com a postura do cargo que ele ocupa no STF. A fala foi durante o julgamento dos primeiros acusados dos atos golpistas de 8 de janeiro.

“Eu fui ministro da Justiça. Em todos esses movimentos de 7 de Setembro, como ministro da Justiça, eu estava de plantão, com uma equipe à disposição, seja no Ministério da Justiça, seja com policiais da Força Nacional, que chegariam em alguns minutos para impedir o que aconteceu. Não consigo entender como que o Planalto foi invadido da forma que foi invadido”, disse.

A declaração foi prontamente rebatida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

“Claramente a Polícia Militar [do Distrito Federal], que é, e eu também fui ministro da Justiça, e sabemos nós dois que o Ministério da Justiça não pode utilizar a Força Nacional se não houver autorização do governo do Distrito Federal, porque isso fere princípio federativo.”

Daí em diante, virou bate-boca:

Mendonça: “Não em relação aos prédios federais.”

Moraes: “Mas não em relação à Praça dos Três Poderes. É um absurdo, com todo respeito, vossa excelência querer falar que a culpa do 8 de janeiro foi do ministro da Justiça. É um absurdo.”

Mendonça: “Vossa excelência que está dizendo isso. Eu queria, o Brasil quer ver esses vídeos do Ministério da Justiça.”

Moraes: “O ex-ministro da Justiça que sucedeu vossa excelência fugiu para os Estados Unidos, fugiu.”

Mendonça: “Não sou advogado nem de ‘A’, nem de ‘B’.”

Moraes: “Vossa excelência vem no plenário do Supremo Tribunal Federal, que foi destruído, para dizer que houve uma conspiração do governo contra o próprio governo? Tenha dó.”

Mendonça: “Não coloque palavras na minha boca. Tenha dó vossa excelência.”

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