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Mãe retira do IML corpo de filha de 14 anos morta cruelmente por outras adolescentes

Os pais da jovem de 14 anos que foi torturada e morta por duas adolescentes na Praia de Maria Farinha, em Paulista, no Grande Recife, na manhã da terça (25), foram ao Instituto de Medicina Legal (IML), no Centro da ...

Os pais da jovem de 14 anos que foi torturada e morta por duas adolescentes na Praia de Maria Farinha, em Paulista, no Grande Recife, na manhã da terça (25), foram ao Instituto de Medicina Legal (IML), no Centro da capital, para retirar o corpo de Raíssa Sotero Rezende, nesta quarta (26). “Estou destruído por dentro”, diz o pai, que prefere não se identificar.

“Não desabei ainda. Ainda tô inteiro aqui, mas estou destruído por dentro. Estou tentando me manter inteiro para dar continuidade a todo esse processo”, afirma, em referência ao velório e ao enterro da filha.
O relacionamento da jovem com uma das adolescentes apreendidas pelo crime era desaprovado pelo pai. “Não pelo fato de ser minha filha namorando com uma menina. Se fosse uma outra menina, uma pessoa de bem, não teria problema nenhum, mas pelo fato de caráter da pessoa”, conta.

Segundo o delegado Álvaro Muniz, a dupla apreendida tem registros de tentativa de homicídio e roubo. “Uma delas já afirmou que respondeu a um ato infracional de tentativa de homicídio. Ela estava na Funase [Fundação de Atendimento Socioeducativo] e conseguiu escapar, estava foragida. A outra, que estava mantendo contato íntimo com a vítima, já foi apreendida pela prática do crime de roubo”, diz.

“Ela já tinha um histórico de vivência na rua, de coisas desagradáveis que a rua ensina. Depois de um tempo, a minha filha percebeu e queria largar essa menina acusada [do crime]. Conheceu um garoto bom, sem envolvimento com coisas erradas e passou a namorar com ele, porém a outra continuava ameaçando. Foi aí onde veio a parte psicopata”, afirma o pai.

A mãe da jovem, Gerlane Sotero, precisou de atendimento médico no IML. Ao sair do local, ela precisou usar uma cadeira de rodas. “Eu quero justiça. O que fizeram com a minha filha foi uma crueldade. Ela não merecia isso”, declara.

Pedido de ajuda
Segundo o Conselho Tutelar, a família da vítima procurou o órgão para pedir orientações sobre como proceder diante do comportamento da filha. Segundo o conselheiro Thales Pitter, foi dada uma sugestão de acompanhamento psicológico, mas a jovem resistiu a essa ideia.

“No ano passado, fomos procurados pela sua genitora informando algumas quebras de regra, como horários para chegar [em casa] e ir à escola. Recebemos informações de que ela desaparecia e passava 20, 30 dias fora de casa”, afirma o conselheiro tutelar.

Em maio, segundo o conselheiro, Raíssa foi morar com a mãe e apresentou mudanças na conduta. A ida à casa da mãe, segundo o pai da jovem, ocorreu depois que o relacionamento com uma das adolescentes apreendidas terminou.

Segundo o delegado Álvaro Muniz, responsável pela investigação do caso, a Polícia Civil soube, inicialmente, que a jovem morta e a ex-namorada haviam marcado um encontro. “A vítima teria pedido para marcar um encontro quando chega a outra adolescente e passa a agredi-la fisicamente. Essa seria a atual companheira [da jovem que filma]”, conta.

O delegado afirma que a idade das adolescentes apreendidas, que têm 15 anos, chama a atenção. “E o fato, sobretudo, da violência que foi empreendida pelas adolescentes. Elas se mostram com um comportamento colocando o bem maior, que é a vida, sem nenhum valor”, afirma.

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