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IPCA recua 0,02% em agosto, primeira deflação desde junho de 2023, diz IBGE

Analistas esperavam alta de 0,01% no mês e de 4,29% na comparação anual, segundo pesquisa da Reuters
iStock / Getty Images Plus

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou em agosto, com queda de 0,02%, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (10). No mês anterior, o índice havia registrado alta de 0,38%.

A última vez que o IPCA havia registrado queda foi em junho de 2023, quando caiu 0,08%.

No ano, a inflação acumulada é de 2,85% e, nos últimos 12 meses, de 4,24%.

Analistas esperavam leve alta de 0,01% no mês e de 4,29% na comparação anual, segundo pesquisa da Reuters.

Os maiores responsáveis pela queda de agosto foram o grupo Habitação, influenciado pelos preços da energia elétrica residencial, e o grupo Alimentação e bebidas, que teve a segunda queda consecutiva da alimentação no domicílio, destaca o instituto.

“A principal influência veio de energia elétrica residencial, com o retorno à bandeira tarifária verde em agosto, onde não há cobrança adicional nas contas de luz, após a mudança para a bandeira amarela em julho”, diz o gerente da pesquisa, André Almeida, em nota.

No grupo Alimentação, o IBGE destaca a queda de batata inglesa (-19,04%), tomate (-16,89%) e cebola (-16,85%).

“O principal fator que contribuiu para a queda nos preços foi uma maior oferta desses produtos no mercado por conta de um clima mais ameno no meio do ano, que favorece a produção desses alimentos, com maior ritmo de colheita e intensificação de safra”, disse Almeida.

Já o grupo Transportes teve estabilidade dos preços em agosto, e entre as altas destacaram-se os avanços de 0,73% nos custos de Educação e de 0,74% em Artigos de residência.

Por sua vez, a inflação de serviços passou a subir 0,24% em agosto, de 0,75% no mês anterior, acumulando em 12 meses alta de 5,18%.

O índice de difusão, que mostra o espalhamento das variações de preços, saltou a 56% em agosto, de 47% no mês anterior.

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