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Inflação, Congresso e agenda externa desafiam Milei na Argentina

O atual ministro da Economia do presidente Alberto Fernández é Sergio Massa, derrotado na corrida eleitoral.
Foto: Arte Metrópoles

Pelo menos nas palavras, Javier Milei, presidente eleito da Argentina, sabe que seus quatro anos de gestão serão difíceis. No discurso logo após o resultado, apontou que a situação é “crítica”. “As mudanças que nosso país precisa são drásticas”, frisou o ultraliberal, deixando claro que “não haverá lugar para o gradualismo, a tibieza e as tintas de mídia”.

É o mesmo tom que Milei usou na campanha. Mas o verdadeiro desafio é saber se esse discurso vai caber na prática de um país que, mesmo com a terceira maior economia da América Latina, enfrenta uma crise que perdura há décadas.

O atual ministro da Economia do presidente Alberto Fernández é Sergio Massa, derrotado na corrida eleitoral. E exatamente o cargo de Massa é uma das explicações para a acachapante derrota dele.

Ninguém mais no país aguenta viver com o peso valendo tão pouco e o dólar tão alto – que, aliás, disparou nas últimas semanas. Ou com uma inflação anual de 142%, índice atingido em outubro e um recorde em mais de 30 anos. Um “detalhe”: a inflação argentina no continente só é superada pela da Venezuela.

Nessa parte, a vitória de Milei não tem sido o melhor recado para o mercado financeiro. Este “ser” que controla parte do dia a dia de cidadãos no mundo começa a “falar”, neste início da semana, e pode dar indícios sobre se gosta ou não da novidade Milei, que toma posse em dezembro.

Há mais: cerca de 40% da população vivendo na pobreza, em um país em que a taxa de desemprego é de 6,2%.

O problema é que todos esses números não são retratos da atualidade: são reflexo de décadas. São apenas 15 anos de inflação abaixo de dois dígitos nas últimas oito décadas. Entre 1961 e 2022, a Argentina teve apenas seis anos com superávit fiscal.

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