Um estudo técnico multidisciplinar, conduzido por uma equipe de mais de 100 especialistas — entre biólogos, engenheiros civis, arqueólogos e sociólogos —, atestou a viabilidade da recuperação da BR-319, rodovia federal que conecta Manaus (AM) a Porto Velho (RO). O documento integra o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) e foi apresentado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) como parte do processo de licenciamento.
A análise técnica considera que a recuperação da rodovia é ambientalmente viável, desde que sejam adotadas medidas rigorosas de mitigação, compensação e controle de impactos. O estudo contempla levantamentos detalhados sobre biodiversidade, patrimônio arqueológico, dinâmica socioeconômica regional e aspectos de engenharia.
Principais conclusões técnicas
Viabilidade estrutural: As avaliações de engenharia indicam que é tecnicamente possível restaurar a trafegabilidade da BR-319, incluindo a requalificação do pavimento e das estruturas de drenagem, com soluções adequadas ao regime hidrológico da região amazônica.
Impactos ambientais gerenciáveis: A intervenção afetará áreas de vegetação nativa, mas o relatório propõe a implementação de programas de compensação ambiental, como a criação de corredores ecológicos, passagens de fauna e ações de reflorestamento em áreas degradadas.
Proteção social e cultural: O estudo identificou comunidades tradicionais, povos indígenas e sítios arqueológicos ao longo do traçado da rodovia. As recomendações incluem a delimitação de zonas de proteção, consulta e participação social, e salvaguarda do patrimônio cultural.
Monitoramento permanente: O plano prevê a execução de um sistema robusto de monitoramento ambiental e social, com indicadores de biodiversidade, qualidade da água, fluxos migratórios e ocupação do solo, a fim de evitar processos indesejados como grilagem, desmatamento ilegal e conflitos fundiários.








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