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Tebet defende apreensão do passaporte de Bolsonaro e diz que o “cerco fechou” contra ele

Está claro, está apontando como autor, como mandante da tentativa de fraude às urnas eletrônicas, tentativa de fraude à decisão sempre legítima do povo brasileiro, de escolher o seu sucessor.
Foto: Divulgação

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, defendeu que a Polícia Federal apreenda o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como forma de evitar que ele saia do país durante as investigações da corporação em curso.

“Não se enganem, busquem o mais rápido possível apreender o passaporte, porque quem fugiu para não passar a faixa para um presidente que foi legitimamente eleito pelo povo, com certeza vai querer abandonar o Brasil para poder salvar a própria pele”, disse na cerimônia de posse do novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, nesta sexta-feira (18).

A ministra afirmou ainda que “o cerco fechou” em torno do ex-presidente, ao citar as investigações policiais sobre as joias sauditas e as acusações da CPMI que colocam Bolsonaro como um dos responsáveis pelos ataques criminosos de 8 de janeiro.

“Podemos dizer que o cerco se fechou contra o ex-presidente da República. Está claro, está apontando como autor, como mandante da tentativa de fraude às urnas eletrônicas, tentativa de fraude à decisão sempre legítima do povo brasileiro, de escolher o seu sucessor. A tentativa de violar, de atentar com a democracia brasileira”, disse.

Tebet também citou Ulysses Guimarães, um dos principais opositores à ditadura, ao dizer que “traidor da Constituição é traidor da pátria”. “Temos ódio e nojo à ditadura. Digo eu que, a eles, o rigor da lei. Não se enganem.”

As declarações da ministra vêm um dia depois que o hacker Walter Delgatti Neto disse na CPMI do 8 de janeiro que o ex-presidente pediu para que ele assumisse a autoria de um grampo que teria sido realizado contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Há ainda a expectativa de que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid confesse que o ex-presidente mandou que ele vendesse as joias dadas de presente pela Arábia Saudita ao governo brasileiro.

A informação foi inicialmente publicada pela revista “Veja” e confirmada pela CNN com o advogado Cezar Bitencourt. “Eu só digo uma coisa: Mauro Cid é inocente”, afirmou. “É evidente que Bolsonaro é quem deu a ordem. Cid, como um militar disciplinado, seguiu ordens”, adicionou o advogado.

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