O depoimento de Anderson Torres sobre sua suposta interferência na Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno das eleições presidenciais do ano passado deve ocorrer em maio. A informação foi confirmada ao R7 pela defesa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro (PL).
A Polícia Federal ouviria Torres na última segunda-feira (24), mas os advogados pediram para que o depoimento fosse remarcado. Eles alegaram uma “drástica piora” no estado de saúde do ex-ministro desde que a Justiça negou a ele o pedido de revogação da prisão preventiva.
O depoimento foi solicitado pela própria PF e determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Torres está detido em Brasília desde 14 de janeiro, pela suspeita de omissão durante os atos de vandalismo de 8 de janeiro, quando era secretário de Segurança Pública do DF.
Nesta sexta-feira (28), o ministro Luís Roberto Barroso, também do STF, negou novos pedidos de revogação da prisão de Torres feitos pela defesa. Também nesta sexta, Moraes solicitou aos advogados dele que expliquem a entrega de senhas inválidas para o acesso a plataformas digitais do ex-secretário.
Torres está envolvido, portanto, em pelo menos dois inquéritos da Polícia Federal — sobre o 8 de Janeiro e a respeito da ação da PRF nas eleiões de 2022. Torres já depôs, em 16 de março, sobre os ataques às sedes dos três Poderes.

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