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ONU pede “transição ordenada e baseada em valores democráticos” no Brasil

O silêncio de Jair Bolsonaro, por quase 48 horas após sua derrota, havia deixado a comunidade internacional em estado de alerta.
Foto: Divulgação

O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos pede que as autoridades brasileiras garantam uma “transição democrática”, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições no país no último fim de semana. O silêncio de Jair Bolsonaro, por quase 48 horas após sua derrota, havia deixado a comunidade internacional em estado de alerta.

“Saudamos o processo eleitoral democrático, transparente e exitoso no Brasil”, afirmou o porta-voz do órgão da ONU para Direitos Humanos, Jeremy Laurence.

“Pedimos que as autoridades públicas no Brasil garantam um período de transição ordenada, baseada em diálogo e cooperação, em valores democráticos e no estado de direito”, completou. Na segunda-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, telefonou para Lula, reconhecendo sua vitória. Entre as prioridades do governo está a volta do Brasil nos temas globais e o fortalecimento das instituições multilaterais.

De uma forma coordenada, mais de cem países pelo mundo se apressaram em reconhecer a vitória de Lula, justamente para impedir que qualquer tipo de chancela internacional pudesse ser estabelecida ao movimento que estava sendo incentivado em grupos bolsonaristas para pedir uma intervenção militar ou questionar o resultado das urnas.

Desde segunda-feira, bloqueios nas estradas brasileiras causaram caos no abastecimento de alimentos e gasolina, obrigou vôos a serem cancelados e geraram problemas de liberdade de movimentação para milhões de pessoas.

Na quinta-feira, quatro dias depois de a crise ser instalada, Bolsonaro fez uma declaração pedindo que as estradas sejam desbloqueadas. A demora em fazer o gesto, segundo a oposição, mostrou a omissão do governo e cumplicidade das autoridades.

Para a comunidade internacional, porém, o processo está encerrado e agora o foco deve ser em garantir uma transição dentro das regras do estado de direito. Observadores internacionais também elogiaram o TSE e as autoridades nacionais pelo “êxito” na realização das eleições do último domingo.

 

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