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Lula reúne ministérios e FAB para montar força-tarefa pelo povo Yanomami

Em entrevista ao Fórum Café, a pesquisadora Iraildes Caldas Torres afirmou que a estimativa é que cerca de 70 mil garimpeiros estejam no território indígena, mais de três vezes o número de Yanomamis
Créditos: Ricardo Stuckert

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu ministros e o comandante da Força Aérea Brasileira (FAB) Brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno na manhã desta segunda-feira (30) para montar uma força-tarefa na defesa do povo indígena Yanomami, vítima de um projeto genocídio de Jair Bolsonaro (PL) em conluio com garimpeiros que atuam na região.

Além do comandante da FAB, participaram da reunião o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, além de Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Silvio Almeida (Direitos Humanos), o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Swedenberger Barbosa, e a futura Presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), deputada federal Joenia Wapichana.

O objetivo é montar uma verdadeira operação de guerra para evitar o extermínio perpetrado pela política higienista de Bolsonaro nas aldeias Yanomami especialmente em Roraima, território que é alvo de cobiça de garimpeiros incitados pelo ex-presidente.

Em entrevista ao Fórum Café nesta segunda-feira (30), a pesquisadora Iraildes Caldas Torres, Diretora do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e especialista na cultura Yanomami, afirmou que o número de garimpeiros na região pode chegar a 70 mil – mais de três vezes o número de Yanomami, que tem uma população estimada em 20 mil indígenas.

Força-tarefa

Neste domingo (29), Lula divulgou um vídeo sobre o que viu no território Yanomami durante sua visita. “A tragédia com o povo Yanomami poderia ter sido evitada. O atual governo vai honrar o compromisso de cuidar e respeitar os indígenas. As ações emergenciais já estão em curso”, escreveu na publicação.

Após a decretação de emergência de saúde pública, Lula criou o Comitê de Coordenação Nacional para discutir e adotar medidas em articulação entre os poderes para prestar atendimento a essa população. O plano de ação deve ser apresentado no prazo de 45 dias, e o comitê trabalhará por 90 dias, prazo que pode ser prorrogado.

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