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Investigação sobre Tribunal do Crime na União colhe vestígios de ossada humana

Durante as buscas de hoje, foram encontradas uma ossada humana e tufos de cabelos que podem ser de corpos encontrados no local ou de novas vítimas.

Da redação 

 

A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), por meio da Secretaria Executiva Adjunta de Operações (SEAOP), deu início a Operação Bertillon na manhã desta quarta-feira (25/10) no bairro da União, zona centro-sul de Manaus. A ação foi focada na colheita de provas pela polícia científica para incrementar investigações em curso que apuram a existência de uma espécie de ‘Tribunal do Crime’ no local conhecido como Buritizal, onde a polícia já desmontou um observatório utilizado por traficantes e encontrou corpos enterrados.

Durante as buscas de hoje, foram encontradas uma ossada humana e tufos de cabelos que podem ser de corpos encontrados no local ou de novas vítimas. Os policiais também localizaram objetos que, possivelmente, seriam utilizados em ações criminosas. Todo o material foi colhido e armazenado por peritos do Departamento de Polícia Técnico Científica (DPTC) para análise.

O secretário executivo adjunto de Operações SEAOP da SSP, Guilherme Torres, explica que o objetivo é extrair vestígios de homicídios que aconteceram no local para, posteriormente, identificar e prender os responsáveis pelos crimes. “Executamos a operação no sentido de isolar a área de modo a colher todo tipo de prova disponíveis e assim chegarmos aos autores e municiar o Ministério Público de autoria e materialidade”, disse.

Foram encontrados tufos de cabelo, fios e roupas rasgadas. “Farto material já foi colhido, incluindo tufos de cabelo humano, fios usados para amarrar as vítimas, roupas rasgadas, garrafas e digitais. Todo o material foi apreendido e encaminhado à análise pericial para confrontar com os demais elementos do inquérito policial, que corre em sigilo. Registre-se também que o observatório foi destruído, a casa derrubada e queimada, bem como as covas vedadas”, explicou Torres. Cães farejadores também foram utilizados na operação.

A ação foi determinada pelo Secretário de Segurança Pública, Coronel Amadeu Soares, e faz parte da política do Governo do Estado de enfrentamento ao crime organizado. A operação policial reuniu servidores de diversos setores da Polícia como Secretaria Executiva Adjunta de Operações (Seaop), Delegacia Especializada de Ordem Política (DEOPS), 23° Distrito Integrado de Polícia (23° DIP), Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), Companhia Independente de Policiamento com Cães da Polícia Militar (CIPCÃES) e Departamento de Polícia Técnico Científica (DPTC).

A perita criminal Laura Bernardes ressaltou que a perícia busca vestígios que possam ter impressões digitais e material biológico para possível identificação de autoria do crime. “O DNA é muito importante porque a gente consegue ver muito material que, a olho nu, você não consegue. Inclusive, poderemos identificar vítimas que a gente nem sabe que estão desaparecidas porque não tem boletim de ocorrência”, completou.

De setembro para cá, a polícia já encontrou dois corpos femininos na área do Buritizal. Eles estavam em covas rasas. Na área, os policiais também identificaram outras covas preparadas, rotas de fuga e a existência observatórios que eram utilizados para os criminosos monitorarem a chegada da Polícia.

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