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Manaus,

Política

Com salário de R$ 3 mil após empréstimo consignado, vereador de Tefé compra frango em leilão por R$ 4 mil

A atitude do parlamentar gerou diversos comentários no local, principalmente, em relação às famílias em situação de fome e emergência, neste período de seca, no município.

Com salário líquido de R$ 3.385,87, após empréstimo consignado, o  vereador Lazinho Nogueira (Avante) comprou um frango assado por R$ 4 mil, durante festival da Igreja Santa Teresa, localizada no Centro de Tefé, a 522 quilômetros de Manaus. 

A atitude do parlamentar gerou diversos comentários no local, principalmente, em relação às famílias em situação de fome e emergência, neste período de seca, no município. Além dos moradores do bairro Colônia Ventura, que sobrevivem com baixa renda, que sofrem rótulos discriminatórios e problemas de segregação sócio- ambiental.

Faltam dois meses para o fim do ano, a comunidade poderia receber cesta básica de Natal, realizando os cálculos, os R$ 4 mil reais que o vereador Lazinha Nogueira utilizou para comprar o frango no leilão do Festival da Igreja, poderia saciar a fome de 40 famílias, uma vez que, a cesta básica com equivale 100 reais no município. E um frango assado custa em média de R$ 50,00 a R$60,00 reais em Tefé.

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AGOSTO

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SETEMBRO

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Indicado

Na eleição deste ano, o parlamentar foi aliado e escolhido pelo prefeito Nicson Marreira (União Brasil), para ser reeleito, com o apoio, computou o total de 1.347 dos votos. 

O vereador está seguindo para o segundo mandato na Câmara Municipal de Tefé, é o líder do prefeito Nicson Marreira. Nos bastidores da política, apontam que o parlamentar é nome cotado para presidência da Casa Legislativa em 2024.

Vereador Lazinho e prefeito Nicson Marreira

Bairros que poderiam ser ajudados

A Colônia Ventura, que atualmente é dividida em três bairros: Deus é Fiel, Conjunto Castanheira e Colônia Ventura, é considerada de baixa renda, rotulada como região marginalizada, de galeroso, maconheiros, drogados, ladrões, entre outros rótulos discriminatórios. A maioria dos moradores são produtores rurais ou não têm renda, e não concluíram a escolaridade.

Esta região da cidade de Tefé sofre com a Segregação socioambiental, fato este comprovado na pesquisa de 2021, realizadas por Antonio Jucivan Martins Bruce e Eubia Andréa Rodrigues, com tema “Segregação socioambiental: estudo de caso no bairro Colônia Ventura/Tefé-AM a partir de uma perspectiva geográfica”.

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Os pesquisadores destacam na pesquisa o processo de urbanização o qual tem desencadeado conflitos e contradições que são observados na concretude do que se configura a cidade.

“Segundo Spósito ‘é o lugar de concentração e efervescência da vida social, econômica, política e cultural’ (2008, p.13). É dentro desse contexto, que Tefé surge como uma cidade que se estruturou e se edificou com estas características, como um espaço fragmentado, articulado e desigual (CORRÊA, 1995) que tem promovido um problema de segregação sócio-ambiental, sendo identificada no bairro Colônia Ventura, uma vez que os moradores sofrem com os rótulos discriminatórios (galerosos, maconheiros, drogados, ladrões, etc.) provenientes de moradores externos”, apontam os pesquisadores.

Na pesquisa, os autores afirmam que o bairro em análise sofre com o recente processo de urbanização sintetizado na cidade de Tefé-AM, onde os moradores afligem-se com os rótulos discriminatórios de moradores externos ao referido. 

“Os rótulos relacionam-se às situações marginalizadas que os moradores enfrentam como: galerosos, maconheiros, ladrões, etc. Essa discriminação é consequência da forma de ocupação do bairro e das pessoas que ali se estabeleceram, sendo originária das comunidades rurais ribeirinhas e de outros municípios, além de ser uma área de refúgio dos ‘bandidos’ que atormentam os bairros mais centrais e antigos. Essas características permitem que os moradores dos outros bairros tenham uma visão preconceituosa em relação aos moradores do bairro em questão, uma vez que sua população é formada por pessoas de baixa renda, sendo a maioria, pescadores, agricultores e alguns funcionários públicos, com graves problemas sociais, elevando o índice de conflitos”, destaca a pesquisa.

Os pesquisadores abordam que a responsabilidade territorial caracteriza a cidade de Tefé como um nó importante na rede urbana do Médio Solimões, se tornando um ponto de atração para as demais cidades ao seu entorno (Rodrigues, 2011).

Diante disto, os autores destacam, ainda, que a cidade de Tefé começou a se expandir espacialmente e demograficamente, com uma grande carência de infraestrutura, proporcionando o aparecimento de bairros pobres com graves problemas sociais e ambientais. Problemas sociais que, na maioria das vezes, levam à exclusão, além dos problemas ambientais como deslizamento, acúmulo de lixo, poluição e inundação provocados pelo assoreamento dos rios, lagos e igarapés que muitas vezes ocasionam a proliferação de doenças no período da cheia.

“Esses fatores contribuem bastante para a segregação urbana, que segundo Pena (2015) isso é consequência da má distribuição de renda no espaço e da falta de planejamento urbano que proporcione políticas de controle ao crescimento desordenado das cidades. Todos esses problemas contribuem para uma visão negativa do bairro, principalmente de quem o vê de fora, ocasionando uma segregação”, afirmam os pesquisadores.

Nota

O Portal deixa espaço para contrarrazões do vereador.

Leia a pesquisa completa AQUI

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