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Em debate, David, Wilson e Omar se protegem de assuntos indigestos

Escândalos envolvendo Davi Almeida, Omar Aziz e Wilsom Lima ficaram de fora das perguntas em programa morno e sem novidades.

Da redação

O que mais chamou a atenção no primeiro debate entre candidatos ao governo do Amazonas foi que não houve perguntas sobre as operações Maus Caminhos e Lava Jato, que não interessam ao candidato Omar Aziz. Também não houve perguntas sobre os escândalos do contrato de R$ 5 bilhões a Superintendência de Habitação do Amazonas (Suhab) e do superfaturamento em contrato de cirurgias no governo interino de David Almeida. E, por último, não houve perguntas a Wilsom Lima sobre as acusações de que é um candidato que vai representar os interesses do mega-grupo empresarial da Rede Calderaro de Comunicação, com vários interesses no governo.

O primeiro debate entre candidatos ao governo do Amazonas, realizado pela TV Record News Manaus, mostrou que, com exceção de Amazonino Mendes (PDT), Omar Aziz (PSD), David Almeida (PSB), Wilson Lima (PSC) e Berg da UGT (Psol) estão dispostos a não tocar em assuntos que possam causar embaraços entre eles. O debate foi considerado “morno” e, em nada ofereceu novas informações para os eleitores.

Outro assunto que ficou fora do debate – como se houvesse um acordo entre os candidatos – foi a ligação que, até bem pouco tempo, havia entre eles. Omar, David e Wilsom estiveram no mesmo palanque do candidato derrotado à Prefeitura de Manaus Marcelo Ramos. E David e Omar, com o silêncio de Wilson, foram os principais apoiadores da campanha da eleição e do governo do ex-governador José Melo, cassado por compra de votos e preso na Operação Maus Caminhos, que desbaratou um esquema de desvio de mais de R$ 100 milhões da saúde pública do Estado. Nenhuma pergunta foi feita por David ou Wilson a Omar sobre as acusações de que o senador foi delatado na operação Maus Caminhos como beneficiário de milhões de reais em propina do médico Mouhamad Moustafa, acusado pela Justiça de ser o operador central do esquema de desvio de dinheiro da saúde no Estado.

Wilson, David e Omar também não perguntaram sobre as denúncias da Justiça, publicada nos principais meios de comunicação do País, de que o ex-governador José Melo fez um acordo com uma facção criminosa de narcotraficantes que age dentro e fora dos presídios do Amazonas para obter cem mil votos, em 2014. David e Omar foram apoiadores de Melo naquela eleição e durante o governo. David, inclusive, impediu, como presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) diversas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) para apurar denúncias de corrupção no governo de José Melo.

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