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Desespero: Mãe filma morte do filho em hospital de Tefé

Os dados de morte infantil em Tefé por falta de estrutura hospitalar são alarmantes, para um município que já recebeu mais de meio milhão de reais para saúde somente nos meses de agosto e setembro.

Da redação 

 

Um vídeo encaminhado por nossos leitores mostra o momento em que uma criança morre dentro do Hospital Regional de Tefé, município fica a 523 quilômetros de distância de Manaus. Os trabalhadores ainda tentam reanimar a criança, mas, sem sucesso. Os familiares do menino, que preferiram não se identificar, relataram que não havia equipamento para ajudar no processo de reanimação da criança.

Esse é mais um dos vários acontecimentos de morte de crianças no hospital de Tefé. Recentemente, três crianças recém nascidas morreram no local. A prefeitura não respondeu sobre as medidas que foram tomadas para amenizar a situação que já preocupa as autoridades.

Os familiares, que sofreram com as perdas das crianças, preferiram não se identificar, por medo de retaliações. “No hospital falta medicamento, falta médicos, enfermeiros, somos atendidos iguais bichos. Temos medo de falar, pois existem pessoas próximas ao prefeito que perseguem a população, vivemos com medo, falta segurança nos bairro e o prefeito só está preocupado em eleger o irmão dele para deputado”, disse uma das mães.

 

 

Receita do município

Do dia 10 de agosto a 28 de setembro, a prefeitura de Tefé já recebeu R$ 566.222,42 de repasses federais do Fundo de Saúde (FUS). De repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o município ganhou R$ 3.671.139,33. De royalties a prefeitura recebeu R$ 1.284.767,63. De 7 de agosto a 28 de setembro, do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) a prefeitura recebeu R$ 6.898.024,40

Atrasos em pagamentos da saúde

No dia 25, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), instaurou um inquérito civil para apurar supostas irregularidades a respeito de cargos e vencimentos de profissionais da saúde no município (Inquérito Civil nº 013/2018-1ªPJTF).

A promotora de justiça Mariana Maciel, considerou o teor da Notícia de Fato registrada sob o nº 019/2018-1ªPJTF, noticiando sobre supostas irregularidades no exercício da profissão de médico na cidade de Tefé.
Com a investigação, a promotora de justiça requisitou à Secretaria Municipal de Saúde que encaminhe resposta a respeito de todas as incongruências constatadas quanto às cargas horárias dos médicos, escala mensal de plantões e salários em desacordo.

Mariana Maciel requisitou os contratos firmados entre o Município de Tefé e os seguintes médicos, juntamente com a especificação individual da carga horária mensal fixada, número de plantões de 12h ou 24h e salário de cada um dos elencados:

a) ADAM LAVOR LITAIFF;
b) AGENOR TENÓRIO DE HOLANDA JÚNIOR;
c) ALOYSIO ÍCARO MARTINS COELHO COSTA;
d) CESAR GONZALES SACI;
e) DANIEL FONSECA DE ANDRADE;
f) ISAAC ADRIANO CAVALCANTE RIBEIRO;
g) JOSÉ ALBERTO CURAY GONZALES;
h) JULIA ASSIS DE CASTRO;
i) LUCAS ROCHA BERNARDES;
j) LUIZ ANTONIO CISNEROS;
k) MARCELO MIRANZI DE A. M. DA COSTA;
l) ODAIR MACHADO VAZ;
m) OTAVIO MARTINS DA COSTA NETO;
n) VANDERLEY KREYNE QUEIROZ GOMES (cirurgião) atuando como médico cirurgião, em realização de cirurgias eletivas, em junta médica, em direção clínica no HRT e em realização de ultrassom;

As fichas financeiras e funcionais de todos os profissionais de saúde acima listados;

Os certificados dos médicos:

a) ADAM LAVOR LITAIF (plantonista);
b) LUCAS ROCHA BERNARDES (médico ESF e plantonista);
c) MARCELO MIRANZI DE ALMEIDA MARTINS DA COSTA (plantonista);
d) VANDERLEY KREYNE QUEIROZ GOMES (cirurgião), considerando que fora encaminhada somente uma declaração emitida pela Comissão de Residência Médica – COREME e datada de 05/03/2014, da qual se extrai que o referido profissional se encontrava pendente quanto ao recebimento do Certificado de Conclusão, haja vista, ainda não ter realizado à época a apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.

e) JOSÉ ALBERTO CURAY GONZALES que atua como plantonista e ginecologista-obstetra, constando apenas certificado de Cirurgião Geral, devendo ser apresentados os certificados correspondentes a real área de atuação do médico nesta cidade.

As escalas de plantão dos meses de julho e agosto deste ano;

 Justificativa a respeito da não inclusão do médico ortopedista LUIZ ANTONIO CISNEROS nas escalas de plantão de abril, maio e junho, bem como o esclarecimento a respeito do salário recebido durante os referidos meses;

Informações acerca da existência de pagamento de auxílio transporte e hospedagem para os médicos que não residem nesta municipalidade;

A promotora pediu ainda, esclarecimentos a respeito da ausência de previsão do cargo de Médico ESF, ocupado por LUCAS ROCHA BERNARDES, na LC Municipal 106/2016;

 

Veja o vídeo

 

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