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Denúncia contra Wilson Lima sobre interferência na eleição de Parintins vai para esfera Judicial

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) instaurou um inquérito civil para investigar o governador Wilson Lima e o secretário-chefe da Casa Civil, Flávio Antony
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A denúncia contra o governador Wilson Lima (União Brasil), que investiga o excesso de poder e possível improbidade administrativa por parte do chefe do majoritário do Amazonas, na eleição de Parintins, distante 370 quilômetros de Manaus, vai para esfera Judicial.

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) instaurou um inquérito civil para investigar o governador Wilson Lima e o secretário-chefe da Casa Civil, Flávio Antony, após vazamento de vídeo de reunião ilegal entre secretários de Estado e policiais militares.

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O objetivo é apurar, na esfera extrapenal, a ocorrência de desvio de finalidade, excesso de poder, danos ao erário e improbidade administrativa no âmbito da administração pública do Poder Executivo do Estado do Amazonas.

Flávio Antony é o único investigado que não foi exonerado pelo governador Wilson Lima.

O documento, assinado pelo procurador-geral de Justiça (PGJ), Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior, cita o “desvirtuamento das atribuições do sistema de Segurança Pública e da Secretaria de Estado da Fazenda do Amazonas, a fim de intimidar, por meio da atuação irregular de agentes públicos das áreas de segurança pública e fiscalização tributária”, apoiadores do vereador Mateus Assayag (PSD), candidato a prefeito do município de Parintins. O motivo seria beneficiar a candidatura da vereadora Brena Dianná (União Brasil), aliada política de Wilson Lima e concorrente de Assayag.

A investigação ficou a cargo de promotorias do Centro de Apoio Operacional de Proteção aos Direitos Constitucionais do Cidadão (CAO-PDC).

O inquérito civil tem como base a Representação 02.2024.00010590-5, da 60ª Promotoria de Justiça Especializada no Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública (Proceapsp), que evidencia possível atuação indevida da cúpula do Poder Executivo do Estado do Amazonas na disputa eleitoral em curso no município de Parintins.

O farto material encaminhado à Procuradoria-Geral de Justiça (todos os vídeos, fotos e imagens da reunião) será anexado aos autos.

Outra representação levada em consideração foi a de autoria da deputada estadual Mayra Dias (Avante), que narra um conjunto de atos de intimidação político-eleitoral em Parintins durante o exercício de seu mandato parlamentar, conduzidos por integrantes da Polícia Militar do Estado do Amazonas (PC-AM). A deputada denunciou interesse em interferir no resultado da eleição municipal.

Exonerações

Após a abertura do primeiro inquérito civil, via Proceapsp, foram exonerados: Fabrício Rogério Cyrino Barbosa, secretário de Estado de Administração; Marcos Apolo Muniz de Araújo, secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa; Armando Silva do Valle, diretor-presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama); Jackson Ribeiro dos Santos, tenente-coronel e Comandante das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam); e Guilherme Navarro Barbosa Martins, capitão na Companhia de Operações Especiais (COE). Na ocasião, de acordo com o Inquérito Civil, os envolvidos apresentaram conduta de liderança e manipulação de esquema, voltado para atacar a legitimidade das eleições municipais, por meio de ordens ao aparato de segurança pública.

Outro Lado

Procurados, a Secretaria de Comunicação (Secom) não respondeu a demanda do Em Pauta.

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