Interlocutores da equipe econômica relataram à CNN terem saído da reunião ocorrida na tarde de quinta-feira (18) com aval do presidente Lula para cortar despesas em todos os ministérios.
Assim, de hoje até segunda-feira (22), o trabalho da equipe econômica será analisar o orçamento de todas as pastas para anunciar onde ocorrerão os cortes.
O pedido do presidente foi apenas de que as pastas com menor orçamento não sejam sacrificadas com grandes cortes e que políticas públicas relevantes sejam preservadas.
A estimativa é de que o relatório bimestral de receitas e despesas a ser apresentado na segunda-feira tenha uma estimativa de déficit superior a R$ 32 bilhões.
A percepção é que Lula foi convencido, principalmente pela chamada ala econômica – Fernando Haddad e Simone Tebet -, de que o problema não é a meta fiscal, mas o crescimento exponencial das despesas correntes.
Há o sentimento de que essa ala terá aval político do presidente para finalmente iniciar um processo de revisão de gastos, antiga demanda da dupla.
Também se entendeu que a questão toda, mais do que de linhas de pensamento econômico – a dualidade entre uma fiscalista ala econômica e uma expansionista ala política – trata-se fundamentalmente de uma questão legal. E que os integrantes da ala política presentes no encontro, como o ministro da Casa Civil, Rui Costa, concordaram com essa premissa.
Costa aliás e seus aliados desse grupo dentro do governo pouco falaram na reunião, que foi conduzida principalmente por Haddad e Tebet. A reunião, dizem fontes ligadas aos ministros, foi tranquila e sem grandes embates como outras que já ocorreram com as duas alas presentes diante de Lula.
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