O suspeito foi tirado de dentro da delegacia de Borba, foi linchado, morto e teve o corpo carbonizado por populares.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) informou que reforços das Polícias Civil e Militar seguirão para a cidade de Borba por conta da revolta popular registrada na noite deste domingo (08/07), quando prédios do 9° CIPM e da 74ª Delegacia Interativa de Polícia foram parcialmente depredados para a retirada de um infrator, que havia sido preso por volta das 17h30 suspeito do estupro e homicídio de uma adolescente de 14 anos. Gabriel Lima Cardoso, 18 anos, foi linchado e teve o corpo completamente carbonizado.
A Polícia Civil do Amazonas, representada pelo delegado-geral, Mariolino Brito, informa que equipes compostas por delegados e investigadores e a tropa das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), da Polícia Militar, estão a postos para embarcar a cidade nas primeiras horas da manhã de segunda-feira (09/07). Borba não tem aeroporto e, por isso, o voo noturno é proibido.
A situação na cidade está controlada neste momento, segundo o Comandante Geral da PM, Coronel David Brandão. De acordo com ele, por conta da movimentação atípica observada com a prisão do acusado de estupro e homicídio, a equipe da Polícia Civil pediu apoio da PM para o deslocamento do detento, que ficou recluso no 9° CIPM e não nas celas da delegacia. Havia uma mobilização pelas redes sociais da revolta. Houve a tentativa de enviar reforços de policiais militares de Nova Olinda do Norte, a cidade mais próxima, que fica a cerca de 3 horas de distância, mas além do longo tempo para deslocamento, a cidade vizinha enfrentava uma tempestade.
Conforme informações repassadas pelo Comando de Policiamento do Interior da PM, em poucos minutos, centenas de populares invadiram e retiraram o acusado, praticando o linchamento, a carbonização e a depredação do patrimônio público. Seis policiais militares ficaram machucados, com lesões leves, receberam atendimento médico e passam bem. Não há informações, até o momento, de outros feridos. Depois do tumulto, o conflito popular cessou e, até o momento, não houve novos registros de ocorrências semelhantes.
A Polícia Civil informa que um Inquérito Policial (IP) vai ser instaurado para apurar as circunstâncias do crime. O diretor do Departamento de Polícia do Interior, delegado Mateus Moreira, vai para Borba acompanhar o caso.
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