O vice-presidente do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma), Madison Nóbrega, afirmou nesta sexta-feira (10) que a entidade vai solicitar às instituições de segurança autorização para que as equipes de escolta que protegem embarcações de transporte de combustíveis possam utilizar armas de maior calibre. A medida, segundo ele, visa permitir reação a ataques de piratas que atuam nos rios do Estado com armamento pesado.
Nóbrega citou o ataque a balsas de transporte de combustíveis nas proximidades da Comunidade Costa do Jatuarana, no Rio Amazonas, ocorrido na quinta-feira (9), como um “alerta para a necessidade urgente de reforçar a segurança nas vias fluviais do Estado”.
“Os seguranças das escoltas usam revólveres e munição limitada, enquanto as quadrilhas portam fuzis, drones, metralhadoras e todo tipo de equipamento capaz de perfurar uma embarcação civil. O que aconteceu na Costa do Jatuarana pode ser o início de algo muito mais grave, com grandes proporções humanas e ambientais”, afirmou o dirigente.
Segundo o vice-presidente do Sindarma, as balsas utilizadas no transporte de combustíveis possuem casco duplo, o que garante proteção em casos de colisão, mas não oferece resistência a disparos de armas de grosso calibre. “Um ataque com fuzis pode causar perdas humanas e danos ambientais irreversíveis”, alertou.
Nóbrega lembrou que, no último dia 1º, durante reunião do Conselho da Indústria de Defesa da Amazônia (Condefesa Amazônia), o sindicato alertou para a intensificação dos ataques. Apesar do apoio da Marinha e das distribuidoras, que reduziu o número de roubos, as tentativas de assalto permanecem frequentes.
“Com o apoio da Marinha e das distribuidoras, os comboios de combustíveis passaram a navegar com escoltas armadas, o que reduziu drasticamente o sucesso dos roubos. Mas as tentativas continuam diárias, e o risco de trocas de tiros nos preocupa, pois um disparo que atinja um tanque pode provocar explosões, incêndios e uma tragédia ambiental de grandes proporções”, disse.
O dirigente destacou ainda que, há pelo menos dez anos, o Sindarma realiza reuniões com órgãos estaduais e federais para discutir estratégias de segurança e alertar sobre o risco de explosões em comboios de combustíveis durante confrontos com quadrilhas fluviais.
*Com informações da assessoria
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