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Senado sinaliza para Lula que envio de Dino ao STF ficou mais caro

A fatura de Alcolumbre inclui uma chantagem de médio prazo e resgates de curtíssimo prazo.
Foto: Montagem/Reprodução

Num movimento capitaneado por Davi Alcolumbre, a oligarquia do Senado sinaliza para o Planalto que a eventual indicação Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal encareceu. O nome do escolhido de Lula terá que ser sabatinado e aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça, presidida por Alcolumbre.

A fatura de Alcolumbre inclui uma chantagem de médio prazo e resgates de curtíssimo prazo. O senador deseja que Lula sinalize desde logo apoio à sua pretensão de retornar à presidência do Senado na disputa que ocorrerá em um ano e meio. Para já, quer ser ouvido no processo de escolha do próximo procurador-geral da República e reivindica cargos em bancos estatais e na direção da Funasa.

Alcolumbre não costuma dar um espirro no Senado sem combinar o atchim com o aliado Rodrigo Pacheco, atual presidente da Casa. O apetite do senador foi aguçado pela percepção de que Lula submete seus aliados do Senado a um jejum enquanto serve cargos e verbas a Arthur Lira e seu grupo na Câmara. Incomoda-se com a perspectiva de que a Caixa Econômica seja entregue de porteira fechada a Lira. Se não puder repartir as poltronas, quer trazer para o balcão diretorias do Banco do Brasil.

Alcolumbre é um aliado de dois gumes. Atendido, apressa procedimentos. Contrariado, aciona a barriga. Foi assim sob Bolsonaro. Sentindo-se preterido no rateio do antigo orçamento secreto, postergou a sabatina do terrivelmente evangélico André Mendonça por 141 dias. Ninguém leva a sério a ameaça de vetar Dino ele seja o escolhido de Lula. Mas Alcolumbre é o dono da gaveta da Comissão de Justiça. E encosta sua malícia na milícia parlamentar bolsonarista.

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