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Safra agrícola do Amazonas deve crescer em 2025, aponta IBGE

Produção de mandioca e cana-de-açúcar lidera expansão no estado
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (13) sua mais recente estimativa para a safra agrícola brasileira de 2025, com destaque para o aumento previsto na produção do estado do Amazonas. Segundo o levantamento, o estado deve colher cerca de 52,3 mil toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas — um sinal de recuperação e crescimento para a agricultura amazonense.

Apesar de representar uma fatia modesta da produção nacional — que deve chegar a 332,6 milhões de toneladas —, o Amazonas apresentou crescimento expressivo na área plantada, totalizando aproximadamente 110 mil hectares em abril deste ano. O número representa um aumento de 22% em relação ao mesmo período de 2024, com destaque para a mandioca, que ocupa sozinha cerca de 74 mil hectares.

Produção em alta

A cultura da mandioca continua sendo a principal força agrícola do estado, com previsão de produção de 784,4 mil toneladas em 2025. Em seguida, aparecem a cana-de-açúcar, com 260,8 mil toneladas, e a banana, com 130,9 mil toneladas. O desempenho positivo dessas culturas tradicionais sustenta o avanço da atividade agrícola no estado, que enfrenta desafios logísticos e ambientais únicos em razão de sua localização geográfica.

“O aumento da área colhida e a estabilidade nas culturas principais refletem um esforço contínuo de fortalecimento da agricultura familiar e da produção sustentável no estado”, avalia o economista rural André Vasconcelos, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Panorama nacional

No cenário nacional, a estimativa da safra de 2025 representa um avanço de 13,6% em relação ao ano passado, com um incremento de quase 40 milhões de toneladas. A soja lidera a produção com 165,2 milhões de toneladas, seguida pelo milho (130,8 milhões t), arroz (12,3 milhões t), algodão (9,3 milhões t) e feijão (3,2 milhões t).

O Brasil deve colher uma área total de 81,2 milhões de hectares, 2,7% superior à de 2024. A estimativa é considerada otimista pelo IBGE, especialmente em um contexto de recuperação climática após os efeitos do fenômeno El Niño em várias regiões produtoras.

Desafios e perspectivas

Mesmo com os avanços, o Amazonas permanece na 24ª posição entre os estados brasileiros na produção de grãos. Especialistas apontam que a logística precária, o alto custo de insumos e as dificuldades de escoamento ainda limitam o crescimento da produção em larga escala.

Por outro lado, há um esforço crescente de governos e cooperativas para incentivar a diversificação de culturas, o uso de tecnologias sustentáveis e o acesso ao crédito rural. “O que vemos é um sinal promissor. Com investimentos certos, o Amazonas pode transformar seu potencial agrícola em fonte de renda e desenvolvimento para as comunidades rurais”, afirma Vasconcelos.

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