O dia 24 de fevereiro entrará para a história mundial como aquele em que as forças russas deram início à guerra contra a Ucrânia.
O dia começava a amanhecer naquela quinta-feira, quando foram registradas fortes explosões em pelo menos cinco cidades da Ucrânia, incluindo a capital, Kiev, horas depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter anunciado o início de operação militar no país.
Pelo menos duas explosões foram ouvidas, de madrugada, no centro de Kiev, tendo sido seguidas pelas sirenes de ambulâncias, segundo jornalistas.
No mesmo dia, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, disse que “haverá uma nova Europa após a invasão de hoje” e adiantou que o Ocidente estava preparando um pacote de sanções ao país.
O ataque russo foi o ápice de uma escalada da tensão entre os dois países que se intensificou em janeiro e fevereiro. No início do segundo mês do ano, já no dia 1º, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou o Ocidente de criar um cenário destinado a atraí-lo para a guerra.
Já no dia seguinte, a Rússia transportou cerca de 30 mil soldados e armas para a Bielorrússia. Foi o maior destacamento militar de Moscou para o país desde o fim da Guerra Fria. Diante das ameaças, a Ucrânia cogitou rever suas intenções de aderir à Otan e tentou marcar uma reunião com representantes russos.
A tensão aumentou quando a Rússia reuniu mais de 100 mil soldados perto da Ucrânia e realizou exercícios em larga escala. No dia 12, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, pediu que a população não entrasse em pânico, mesmo diante da intensificação dos exercícios militares.
Já o presidente americano, Joe Biden, disse que os Estados Unidos responderiam a uma eventual ofensiva. No dia 23, as forças russas já se concentravam ao redor da Ucrânia em posição de ataque.
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