A Polícia Federal deflagrou, na data de hoje (07/12/), a Operação Pó de Ferro, para desarticular dois grupos criminosos especializados no tráfico internacional de drogas e no tráfico internacional de armas.
Cerca de 108 policiais federais cumpriram 35 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de prisão preventiva nas cidades de Foz do Iguaçu/PR, Cascavel/PR, Descalvado/SP, Porto Ferreira/SP, Alfenas/MG, Santo Ângelo/PR e Vitória das Missões/RS.
A investigação foi iniciada a partir de apreensões de cargas de entorpecentes e de prisões em flagrante realizadas. As drogas, principalmente maconha, mas também crack e cocaína, eram internalizadas a partir do Paraguai, tendo sido apreendidas 20 toneladas de maconha e 200 kg de crack no decorrer das investigações.
Um dos grupos investigados, estabelecido em Foz do Iguaçu/PR, destinava a maior parte das drogas aos estados de São Paulo e Minas Gerais, além de unidades da federação da região Nordeste.
O outro grupo foco das investigações, sediado em Foz do Iguaçu/PR, Cascavel/PR e Santo Ângelo/RS, destinava as drogas ao estado do Rio Grande do Sul, notadamente para a região metropolitana de Porto Alegre/RS.
Durante a investigação, verificou-se que os grupos criminosos estariam relacionados com, ao menos, 17 ocorrências de tráfico internacional de drogas internalizadas clandestinamente a partir do Paraguai.
Em parte dessas ocorrências, foram presos 15 indivíduos em flagrante delito e apreendidas cerca de 20 toneladas de maconha além de 200 kg de crack, seis veículos de passeio e dez caminhões utilizados para transporte dos entorpecentes, sendo a maior parte deles produto de crimes de furto ou roubo e com adulterações de chassis e de placas (veículos “clonados”).
Um dos grupos controlava quatro empresas com notável atuação comercial e industrial em Foz do Iguaçu/PR, havendo indícios de que eram utilizadas para a prática de lavagem de dinheiro, bem como para a movimentação de valores recebidos pelas drogas traficadas.
Além da prisão dos principais investigados, foram sequestrados dinheiro, veículos e imóveis dos investigados e de empresas em nome deles, bens esses supostamente obtidos em razão das práticas criminosas ou mesmo utilizados para tráfico de drogas.
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