O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse, nesta terça-feira (12), que todas as decisões da Petrobras estão respeitando a governança empresa e que estão dentro da Lei das Estatais. A manifestação dele ocorre após decisão do Conselho de Administração em reter a distribuição dos dividendos extraordinários da empresa. A ação gerou uma corrida pela venda das ações da Petrobras e perda de R$ 63 bilhões em valor de mercado Rui Costa ainda disse não ver motivo para polêmica e destacou que a Petrobras obteve o segundo maior lucro da história da estatal e distribuiu o segundo maior dividendo aos acionistas:
“Cabe à governança da Petrobras decidir. Tudo está sendo feito conforme a Lei das Estatais e a regra de governança da Petrobras não tem nenhuma alteração. Não vejo por que essa polêmica toda porque, sinceramente, se a regra tivesse sido modificada, se o que fosse aprovado no início do ano passado como regra… É assim que funciona. Então, o conselho divulgou, você que quer comprar a ação da Petrobras, vai ser pago essa regra de vender’, ‘Você que tem ação, quer ficar com a ação? Quer vender, quer comprar mais?’. Essa é a regra, e foi cumprida a regra.”
Além disso, o Conselho de Administração da Petrobras terá representante do Ministério da Fazenda. O atual secretário-executivo adjunto do Ministério, Rafael Dubeux, deverá compor o conselho, conforme fontes ouvidas pela CBN.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, chegou a recorrer ao ministro Fernando Haddad para tentar reverter a decisão tomada pela maioria dos conselheiros, mas o anúncio foi feito na noite da última quinta-feira.
O ministro Rui Costa, que se alinha com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em torno de reter o dinheiro em um fundo de reserva, confirmou que o presidente Lula bateu martelo que haverá um nome da Fazenda no Conselho:
“Isso definição do presidente. O Conselho pode ser renovado uma vez por ano. A Fazenda pediu uma representação e o presidente definiu que terá”, disse.
Elevando a temperatura da crise, em entrevista ao SBT, o presidente Lula disse que a Petrobras não pode pensar somente nos acionistas da empresa. O governo possui 40% da fatia dos papéis.
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