Na última quinta-feira (25), os Estados Unidos executaram um homem condenado à morte usando gás nitrogênio, um método inédito e que está gerando polêmica sobre os efeitos que levam à morte — se poderia ser considerado uma forma de tortura.
Nas últimas décadas, a pena de morte vem perdendo o apoio da opinião pública nos EUA. Em 1990, 80% dos americanos eram a favor da pena de morte. Ano passado, este número caiu para 53%, ainda a maioria, mas aqueles que se opõem, que eram apenas 10% há 30 anos, agora são 44%.
Ao mesmo tempo, o número de execuções, que chegou ao auge em 1999, com 98 mortes, vem caindo e, ano passado, aconteceram 24 execuções. A da última quinta-feira foi a primeira de 2024.
Robin Maher, diretora do Centro de Informação sobre a Pena de Morte, foi uma das especialistas no assunto ouvida pelo repórter Jorge Pontual e informou um número pouco conhecido que aumenta a polêmica sobre o tema: desde 1973, 196 condenados à morte foram libertados após provar a inocência, e muitos outros inocentes acabaram sendo executados antes de convencer a Justiça.
“O sistema é falho. Isso contribuiu para a mudança na opinião pública. Pela primeira vez, a maioria dos americanos acredita que a pena de morte não é aplicada com justiça”, ressalta ela.
Envie seu comentário