O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira, 7, não querer que a Petrobras vire a PDVSA, estatal de petróleo da Venezuela. Ele defendeu que a companhia não pode virar uma ferramenta de politização.
Guedes sugeriu a venda ou a redução da participação do governo na Petrobras. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro (PL) pode aprofundar medidas como as privatizações em um eventual novo governo.
“Nós já sabemos esse caminho, nós não queremos que a Petrobras vire a PDVSA um dia, vire uma ferramenta de politização, como virou no passado”, afirmou, em evento do Bradesco BBI.
“A coisa mais importante quando você muda um marco regulatório e desestatiza uma empresa dessas é que vai entrar dinheiro agora em todas as verticais, estamos vendo nessa mobilização da capitalização da Eletrobras”, disse.
O ministro afirmou que, em vez de “aparelhar e roubar as estatais como aconteceu no passado”, o governo recuperou as finanças dessas empresas. Mais cedo, Bolsonaro disse que era “estatizante”, mas mudou seu entendimento “nessa questão”.
“Se antes tínhamos um certo número de empresas, o presidente acabou de dizer que está disposto a avançar bastante. Quem sabe não vem a Petrobras ali na frente? Quem sabe a gente não leva a Petrobras para o novo mercado?”, declarou Guedes.
Para ele, se a companhia for para o “novo mercado” da bolsa de valores brasileira, seu valor será elevado. O ministro também voltou a defender a criação de um fundo que reuniria recursos da venda de estatais. Parte da verba seria destinada para programas sociais.

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