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Não funciona: Prefeitura paga milhões para segurança nas escolas

A ata de registro de preços lista o valor de cada produto e serviço que será executado, o que indica que tudo será cobrado novamente.

Da Redação 

A prefeitura de Manaus, via Secretaria Municipal de Educação (Semed), tem um contrato milionário com a empresa IIN Tecnologias Ltda. para serviços de monitoramento e segurança eletrônica nas escolas municipais da zona urbana de Manaus que não impede a ação de ladrões nem vândalos.

Segundo dados da própria Prefeitura, anunciados pelo prefeito Arthur Neto (PSDB), entre janeiro e o dia 21 de agosto foram registrados, ao todo, 1826 furtos e roubos a unidades sob responsabilidade da Prefeitura, entre unidades de saúde, ônibus, centros de referência em assistência social e até em escolas da rede pública municipal.

Em 2015, a Semed publicou a homologação de licitação (Ata de Registro de Preço) para serviços que somados custariam R$ 63 milhões. O valor foi quase o dobro do valor inicial, contratado pela em 2010 (R$ 34,2 milhões). Entre 2010 e 2015, a Prefeitura pagou à IIN Tecnologias R$ 70,2 milhões (média de R$ 14 milhões por ano). Apesar dos recursos investidos, todo o equipamento instalado nas escolas e o centro de monitoramento eletrônico pertencem à empresa.

O que chamou a atenção, no entanto, foi o preço do novo contrato. A ata de registro de preços lista o valor de cada produto e serviço que será executado, o que indica que tudo será cobrado novamente. À época, a Semed informou que o contrato com a IIN Tecnologia Ltda, que é responsável pelo funcionamento do Centro de Operações em Segurança Escolar (Cose), chegou ao
prazo máximo de 5 anos em março deste ano e não poderia mais ser renovado. Por isso, foi realizado uma nova licitação em que a IIN Tecnologia foi novamente vencedora.

A secretaria informou, ainda, que o contrato feito há cinco anos resultou em redução de 40% nos gastos que
se tinha com a segurança presencial armada. “Além da redução de 40% dos custos, outros dois fatores levaram o município a substituir a segurança armada pelo serviço prestado pelo Cose.

Questionada sobre o controle da entrada de pessoas nas escolas, a Semed informou que as unidades possuem um controle eletrônico nos portões. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas, Marcus Libório, afirmou, à época, que as reclamações de professores são constantes e que as escolas estão menos seguras do que quando havia segurança armada nas portarias. O presidente do Sindicado dos Vigilantes do Amazonas, Valderli Bernardo, apresentou a mesma opinião. Segundo ele, a mudança da vigilância humana pela eletrônica causou apenas o desemprego de centenas de trabalhadores, mas não reduziu a insegurança nas escolas.

Foto: Divulgação

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