Uma menina de 12 anos teve parte dos dedos da mão decepadas enquanto brincava escondido com ‘bombinhas’, em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Yuani Muniz passou por cirurgia e teve alta nesta terça-feira (28).
O acidente ocorreu enquanto ela brincava com as primas, que teriam comprado os artefatos sem conhecimento de familiares. A mãe, Tatiana Muniz, conta que a filha está muito abalada emocionalmente e que pode precisar de amputação.
“Ela passou por uma cirurgia para tentar reconstruir os dedos, porque foi um estrago bem grande. Ela está bastante abalada ainda, está abatida, porque até agora ela não viu o que aconteceu com a mão dela”, diz.
A família vai procurar apoio psicológico para a criança.
“Toda vez que a gente pega para limpar, ela vira o rosto. A gente vai esperar o retorno para passar com o médico, mas ele já deixou a gente ciente de que ela tem 90% de chance de amputar os três dedos”, comenta.
Tatiana conta que o acidente foi rápido, na véspera do Natal. Yuani recebeu as primas e saiu de casa para brincar. Elas não contaram para os adultos da família que estavam com ‘bombinhas’, segundo a mãe. Pouco depois, foi surpreendida com a notícia de que a filha estava ferida.
“Elas saíram para estourar escondido. Nisso, elas estouraram duas, que estouraram na hora. Quando jogaram a terceira, falhou. Minha filha e mais duas foram se aproximar da bomba para poder pegar. Quando ela colocou a mão, estourou. Na hora, ela perdeu os sentidos”, diz a mãe.
“Ela chegou a desmaiar. Eu só fui ter noção do que aconteceu quando cheguei na UPA [Unidade de Pronto Atendimento]. Eu vi o estrago que tinha feito. Encaminharam a gente para a Santa Casa e lá ela fez a cirurgia”, relembra Tatiana.
Angustiada, a mãe lamenta que o vendedor tenha comercializado o produto para as crianças. Tatiana teme que os impactos psicológicos. Por enquanto, mantém os cuidados em casa à espera dos laudos médicos.
“Estou fazendo os curativos em casa, tive que aprender a fazer porque não tem condições de sair com ela. Ela não quer que ninguém veja, está com vergonha. [De] dor reclama sim, está sendo medicada toda hora”, explica.
“Eu estou tentando ser forte para ela não me ver chorando. Não tive tempo de me abalar ainda. Ela está precisando muito de mim. Eu não tenho culpa nenhuma. Não iria imaginar que as meninas estavam com isso. Na hora só pensava em socorrer e não deixar ela sentir dor”.
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