Horas antes da leitura das cartas pela democracia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou apoio ao movimento e disse ser necessário recuperar a soberania e o respeito do país.
“Defender a democracia é defender o direito a uma alimentação de qualidade, a um bom emprego, salário justo, acesso à saúde e educação. Aquilo que o povo brasileiro deveria ter. Nosso país era soberano e respeitado. Precisamos, juntos, recuperá-lo. Bom dia. #EstadoDeDireitoSempre”, escreveu o petista.
Mobilizado por entidades jurídicas, empresariais e da sociedade civil, o evento que ocorre na Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) terá a leitura de duas cartas que pedem respeito ao processo eleitoral, à separação dos Poderes e ao Estado Democrático de Direito.
Um dos manifestos, liderado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), teve o apoio de mais de cem instituições. O outro texto, redigido por um grupo de juristas, foi assinado por mais de 920 mil pessoas até a manhã de hoje, incluindo Lula e sua esposa, a socióloga Rosângela Silva.
Embora sejam divulgados como suprapartidários e desvinculados de correntes políticas, os manifestos foram estimulados especialmente pelos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao sistema eleitoral..
Em julho, o presidente levantou suspeitas infundadas sobre as urnas eletrônicas em reunião com embaixadores estrangeiros, em Brasília. Na segunda (8), em fala a banqueiros, o mandatário voltou a atacar o STF e desdenhou do movimento. “Assinar cartinha? Não vou assinar cartinha”, disse.
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