Lembram que Davi Alcolumbre, que preside o colegiado e tem a prerrogativa de determinar a data da pauta, tem histórico de cozinhar indicados (vide a demora de quatro meses com André Mendonça e para vagas no STJ). A longa espera, dizem aliados de Lula, seria usada por Alcolumbre como moeda de troca em negociações com o Planalto.
O senador queria manter Augusto Aras no comando da Procuradoria-Geral da República. Não conseguiu. Agora, pleiteia retomar o controle da liberação de emendas parlamentares, artifício que, quando presidiu o Senado, deu-lhe imenso poder.
Portanto, se não for Bruno Dantas o escolhido de Lula (preferido de Davi Alcolumbre), será grande a chance de uma espera, nada confortável para o Planalto, para a sabatina do indicado na CCJ.
Além do ministro do TCU, também estão no páreo o ministro da Justiça, Flávio Dino, considerado favorito; e o advogado-geral da União, Jorge Messias.
Integrantes do governo lembram, ainda, que faltam menos de 50 dias para dezembro, mês em que nada de relevante costuma acontecer no Congresso Nacional. E sustentam que, para reduzir o calibre da “arma” de Alcolumbre, o melhor seria Lula deixar a indicação para 2024.
E, antes disso, usar o tempo para negociar com Alcolumbre e melhorar a articulação política no Senado, responsável por aprovar ou reprovar o nome indicado ao STF.
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