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Luciano Hang dá as costas a Bolsonaro, parabeniza Lula e arranja novo inimigo

Véio da Havan diz que não quer mais saber de política; sua personalidade renhida, no entanto, permanece mais viva do que nunca
Créditos: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O empresário Luciano Hang, conhecido como Véio da Havan, deu às costas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que quem foi fervoroso apoiador. Ao mesmo tempo, desejou sorte ao governo de Luiz Inácio da Silva (PT), de quem foi crítico odioso durante anos e anos.

Hang diz agora: “não quero mais saber de política“.

O Véio da Havan está sendo repaginado. Nessa nova fase, já se aproximou de sindicalistas e elogiou as políticas de crescimento da China. “Fui lá em 1993 e era um país pobre. Hoje é rico. Deixaram as pessoas trabalhar”. Sua rede, verdade seja dita, experimentou um de seus maiores crescimentos nos governos Lula e Dilma. A Havan, que tinha 5 lojas em 2002, terminou o ano de 2014 com 86.

Contrabandistas digitais

Mas não se engane quem acha que ele abandonou de vez sua personalidade renhida. Hang já elegeu um novo inimigo no lugar da esquerda e do PT. São as e-commerces asiáticas. Que chegam com força ao mercado brasileiro e são classificadas por ele, com sua conhecida despolidez, de “contrabandistas digitais“.

Hang liderou no ano passado um grupo de empresários que entregou à cúpula do governo, senadores e PGR um pedido formal de taxação de plataformas estrangeiras, denunciando uma “concorrência desleal” em importações.

A proposta entrou na pauta do governo Lula e pode ser contemplada na reforma tributária em discussão no Congresso.

Ao mesmo tempo, o empresário se tornou também um forte aliado de Lula no combate à alta da taxa básica de juros, que mais que dobrou nos últimos quatro anos de governo Bolsonaro.

“A verdade é que, no patamar em que os juros estão agora [com taxa Selic a 13,75% e juro real em torno de 8%], ninguém vai querer investir no Brasil. Mas são necessárias uma série de condições para a queda”, esquiva-se.

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