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Liderança infantil: saiba como desenvolver essa habilidade no seu filho

O especialista Bruno Sarmento explica que a liderança não deve ser confundida com cobrança por resultados precoces
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Quando se fala em liderança, muitos pensam imediatamente na vida adulta e no mundo corporativo. Mas, os estudos mais recentes de neurociência e psicologia são categóricos e mostram que a formação de um líder começa ainda na infância.

Uma pesquisa realizada pelo Programa “Jovens Empreendedores – Primeiros Passos” do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), realizada com 608 alunos do ensino fundamental, distribuídos por sete escolas municipais, revelou que os estudantes participantes apresentaram um fortalecimento significativo de suas características empreendedoras.

Segundo o treinador comportamental e empreendedor Bruno Sarmento, que ensina empreendedorismo e liderança para crianças e adolescentes em Manaus, desenvolver competências como responsabilidade, liderança e empatia desde cedo é um diferencial que vai impactar toda a vida do indivíduo.

“O homem ou mulher que se torna líder não virou líder por acaso ou acidente. Ele detém habilidades e conhecimentos que outros não têm. Por isso, desenvolver as habilidades de liderança, desde a infância, é dar ferramentas para que essas crianças e adolescentes saibam usá-las no futuro”, explica Bruno.

O especialista destaca que o modelo tradicional na educação ainda limita o ensino dessas habilidades que são essenciais para a vida adulta. Envolve ensinar intencionalmente o autoconhecimento, valores e propor desafios e estimular o pensamento crítico, afirmou Sarmento.

“Estamos vendo uma geração apagada, que evita grandes responsabilidades. Isso não é falta de capacidade, mas ausência de incentivo e desenvolvimento dessas competências desde a base”, alerta.

Bruno Sarmento defende que a liderança não deve ser confundida com cobrança por resultados precoces. “Não estamos formando pequenos executivos, e sim crianças e adolescentes com valor, que saibam se expressar e tomar decisões com equilíbrio”.

Impactos na vida adulta

Um exemplo prático desse tipo de abordagem pode ser visto na Líder School, escola que aplica um modelo de ensino voltado ao desenvolvimento de habilidades socioemocionais. “A primeira habilidade que trabalhamos é o autoconhecimento, algo que muitos adultos ainda não desenvolveram. Depois vêm a autoconfiança, a empatia e, principalmente, a responsabilidade”, diz Bruno, que colabora com o projeto.

Na prática, os alunos são incentivados a resolver problemas, trabalhar em equipe, ouvir o outro e assumir o protagonismo nas atividades. Tudo isso respeitando o perfil de cada criança. “Liderar também é escutar, ter empatia e agir com consistência. E essas são qualidades muito presentes em perfis introspectivos. Não há um único jeito de liderar”.

A construção dessas competências traz benefícios diretos à vida escolar e ao convívio social. “Habilidades como comunicação, cooperação e inteligência emocional tornam o aluno mais seguro e mais preparado para enfrentar os desafios do cotidiano”, afirma.

Na vida adulta, o impacto é ainda mais evidente. Crianças que crescem familiarizadas com conceitos como empreendedorismo, finanças e inteligência emocional se tornam adultos mais autônomos e estratégicos.

“Infelizmente, o sistema educacional tradicional ainda prepara o jovem para depender de um modelo pronto. Queremos o contrário: adultos autossustentáveis, com visão crítica e preparados para assumir riscos com responsabilidade”, conclui.

 

Texto: LD Comunicação

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