O INPC de dezembro foi de 0,14%, acima dos -0,25% de novembro. Ao lado de dezembro de 2016 (0,14%), esta variação foi a menor para o mês desde o início do Plano Real.
Da Redação
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro foi de 0,15%, ficando acima dos -0,21% de novembro. Essa foi a menor variação para um mês de dezembro desde o início do Plano Real, em 1994. Em dezembro de 2017, o índice tinha sido de 0,44%. O IPCA acumulado em 2018 ficou em 3,75%, 0,80 ponto percentual acima dos 2,95% registrados em 2017.
Período | TAXA |
---|---|
Dezembro de 2018 | 0,15% |
Novembro de 2018 | -0,21% |
Dezembro de 2017 | 0,44% |
Acumulado em 2018 | 3,75% |
O INPC de dezembro foi de 0,14%, acima dos -0,25% de novembro. Ao lado de dezembro de 2016 (0,14%), esta variação foi a menor para o mês desde o início do Plano Real. O acumulado de 2018 fechou em 3,43%, acima dos 2,07% de 2017.
O material de apoio desta divulgação pode ser acessado à direita.
Após a queda de 0,21% em novembro, o IPCA registrou variação de 0,15% em dezembro, sob influência, principalmente, do grupo Alimentação e bebidas (0,44%) que, com 0,11 p.p. de impacto, foi responsável por quase 3/4 do índice de dezembro. Por outro lado, os grupos Transportes (-0,54%) e Habitação (-0,15%) vieram com deflação, contribuindo com -0,12 p.p. no IPCA do mês, conforme mostra a tabela a seguir:
IPCA – Variação e Impacto por grupos – mensal | ||||
---|---|---|---|---|
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Novembro | Dezembro | Novembro | Dezembro | |
Índice Geral | -0,21 | 0,15 | -0,21 | 0,15 |
Alimentação e Bebidas | 0,39 | 0,44 | 0,10 | 0,11 |
Habitação | -0,71 | -0,15 | -0,11 | -0,02 |
Artigos de Residência | 0,48 | 0,57 | 0,02 | 0,02 |
Vestuário | -0,43 | 1,14 | -0,03 | 0,06 |
Transportes | -0,74 | -0,54 | -0,14 | -0,10 |
Saúde e Cuidados Pessoais | -0,71 | 0,32 | -0,09 | 0,04 |
Despesas Pessoais | 0,36 | 0,29 | 0,04 | 0,03 |
Educação | 0,04 | 0,21 | 0,00 | 0,01 |
Comunicação | -0,07 | 0,01 | 0,00 | 0,00 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O grupo dos alimentos teve aumento nos preços de novembro (0,39%) para dezembro (0,44%), gerando o maior impacto no índice. As maiores pressões vieram dos alimentos para consumo em casa (de 0,34% em novembro para 0,50% em dezembro). Apesar de alguns produtos passarem a custar menos em dezembro, como por exemplo o leite longa vida (-7,73%), o pão francês (-1,31%) e o arroz (-1,19%), outros produtos, também importantes, exerceram pressão contrária, como a cebola (24,03%), a batata-inglesa (20,05%), o feijão-carioca (12,98%), as frutas (3,11%) e as carnes (2,04%). Já a alimentação fora de casa desacelerou de novembro (0,49%) para dezembro (0,33%).
Os maiores impactos individuais no IPCA de dezembro, tanto positiva quanto negativamente, foram registrados no grupo dos Transportes (-0,54% e -0,10 p.p.). São eles: passagem aérea, com alta de 29,12% (0,12 p.p.), e os combustíveis, cujos preços ficaram, em média, 4,25% mais baratos e contribuíram com -0,25 p.p.
Os principais responsáveis pela queda do grupo dos Transportes (-0,54%) foram os combustíveis (-4,25%), em especial a gasolina (-4,80%), acompanhada pelo óleo diesel (-3,45%) e o etanol (-2,70%).
O ônibus urbano (0,13%) incorpora o reajuste nas tarifas em Aracaju (9,43%) de 14,00%, a partir de 09 de dezembro, e de 6,76% em Campo Grande (5,95%), desde 03 de dezembro. No ônibus intermunicipal(0,77%), estão contemplados os reajustes nas tarifas em Aracaju (10,71%) de 14,00%, a partir de 09 de dezembro, e de 9,45% em Porto Alegre (5,98%), desde 1º de dezembro.
No grupo Habitação, a queda de 0,15%, menos intensa que a registrada em novembro (-0,71%), teve forte influência do item energia elétrica (-1,96% e -0,08 p.p.) e refletiu a mudança na bandeira tarifária, que passou de amarela, em novembro, com a cobrança adicional de R$0,01 para cada kwh consumido, para verde, em dezembro, sem cobrança. As áreas apresentaram variação entre os -8,17% da região metropolitana de Fortaleza e o 6,71% de Rio Branco. Nesta última, o reajuste de 21,29%, em vigor a partir de 13 de dezembro de 2018, foi suspenso em 03 de janeiro de 2019 por determinação judicial.
Ainda no grupo Habitação (-0,15%), o item taxa de água e esgoto (0,71%) retrata o reajuste de 6,04% das tarifas, no Rio de Janeiro (5,65%), em vigor desde 1º de dezembro, e de 8,60%, em Porto Alegre (1,85%), a partir de 16 de dezembro.
No grupo Vestuário (1,14%), os destaques ficam com os itens roupa feminina (2,34%), roupa masculina(1,57%) e roupa infantil (0,91%).
Considerando os demais grupos, destacam-se, no lado das altas, os seguintes itens: plano de saúde (0,80%), empregado doméstico (0,34%) e eletrodomésticos (0,92%).
Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o de Aracaju (0,67%), reflexo do reajuste de 14,00% na tarifa dos ônibus urbanos (9,43%), em vigor desde 09 de dezembro e do item passagem aérea (32,15%). A região metropolitana de Curitiba (-0,17%) apresentou o índice mais baixo em função das quedas de 6,40% na gasolina e de 2,72% na energia elétrica. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada:
IPCA – Variação por regiões – mensal e acumulada no ano | ||||
---|---|---|---|---|
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | |
Novembro | Dezembro | Ano | ||
Aracaju | 0,79 | -0,31 | 0,67 | 2,64 |
Rio Branco | 0,42 | -0,11 | 0,63 | 3,44 |
Salvador | 6,12 | -0,31 | 0,56 | 4,04 |
Belém | 4,23 | 0,00 | 0,48 | 3,00 |
Rio de Janeiro | 12,06 | -0,02 | 0,40 | 4,30 |
Brasília | 2,80 | -0,43 | 0,32 | 3,06 |
Porto Alegre | 8,40 | -0,42 | 0,26 | 4,62 |
São Luís | 1,87 | -0,11 | 0,25 | 2,65 |
Recife | 4,20 | -0,11 | 0,18 | 2,84 |
Fortaleza | 2,91 | -0,07 | 0,07 | 2,90 |
Campo Grande | 1,51 | -0,31 | 0,06 | 2,98 |
São Paulo | 30,67 | -0,30 | 0,03 | 3,68 |
Belo Horizonte | 10,86 | -0,09 | 0,01 | 4,00 |
Vitória | 1,78 | -0,30 | -0,01 | 4,19 |
Goiânia | 3,59 | 0,12 | -0,03 | 3,14 |
Curitiba | 7,79 | -0,26 | -0,17 | 3,38 |
Brasil | 100,00 | -0,21 | 0,15 | 3,75 |
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange 10 regiões metropolitanas, além dos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís. Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de novembro a 28 de dezembro de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 27 de outubro a 28 de novembro de 2018 (base).
IPCA acumula variação de 3,75% em 2018
O IPCA encerrou o ano de 2018 com 3,75% de variação, 0,80 p.p. acima dos 2,95% registrados em 2017. Ao longo de 2018, as taxas se distribuíram da seguinte forma:
IPCA – Mês, trimestre e ano | |||
---|---|---|---|
Mês | Variação (%) | ||
Mês | Trimestre | Ano | |
Janeiro | 0,29 | 0,29 | |
Fevereiro | 0,32 | 0,61 | |
Março | 0,09 | 0,70 | 0,70 |
Abril | 0,22 | 0,92 | |
Maio | 0,40 | 1,33 | |
Junho | 1,26 | 1,89 | 2,60 |
Julho | 0,33 | 2,94 | |
Agosto | -0,09 | 2,85 | |
Setembro | 0,48 | 0,72 | 3,34 |
Outubro | 0,45 | 3,81 | |
Novembro | -0,21 | 3,59 | |
Dezembro | 0,15 | 0,39 | 3,75 |
O índice de 2018 foi influenciado, especialmente, pelas despesas com produtos e serviços dos grupos Habitação, com alta de 4,72% e impacto de 0,74 p.p., Transportes, com alta de 4,19% e 0,76 p.p. e Alimentação e Bebidas, com alta de 4,04% e 0,99 p.p.. Juntos, estes três grupos somam 2,49 p.p., responsáveis por 66% do IPCA. A tabela a seguir mostra os resultados de todos os grupos de produtos e serviços.
IPCA – Variação acumulada e impacto por grupos – 2018 e 2017 | ||||
---|---|---|---|---|
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
2017 | 2018 | 2017 | 2018 | |
Índice Geral | 2,95 | 3,75 | 2,95 | 3,75 |
Alimentação e Bebidas | -1,87 | 4,04 | -0,48 | 0,99 |
Habitação | 6,26 | 4,72 | 0,95 | 0,74 |
Artigos de Residência | -1,48 | 3,74 | -0,06 | 0,15 |
Vestuário | 2,88 | 0,61 | 0,17 | 0,04 |
Transportes | 4,10 | 4,19 | 0,74 | 0,76 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 6,52 | 3,95 | 0,76 | 0,48 |
Despesas Pessoais | 4,39 | 2,98 | 0,47 | 0,33 |
Educação | 7,11 | 5,32 | 0,33 | 0,26 |
Comunicação | 1,76 | -0,09 | 0,07 | 0,00 |
Ficando atrás apenas do grupo Educação (5,32%), cujo destaque ficou com os cursos regulares (5,68%), Habitação, com 4,72%, foi o grupo que apresentou a segunda maior variação, com impacto de 0,74 p.p. Neste grupo, a principal influência veio do item energia elétrica, com variação acumulada no ano de 8,70% e 0,31 p.p. de impacto.
Em 2018, a variação acumulada da energia elétrica (8,70%) ficou pouco abaixo da registrada no ano anterior (10,35%). As regiões apresentaram variação entre -3,62% em Fortaleza e 17,67% em São Luís. Na primeira, o reajuste de 3,80% nas tarifas foi o menor dentre as áreas pesquisadas. Em São Luís, por sua vez, houve reajuste de 16,94%. Além disso, ao longo do ano, entraram em vigor as bandeiras tarifárias, acarretando em cobrança adicional, conforme apresentado na tabela abaixo:
IPCA – Energia elétrica – bandeiras tarifárias mês a mês | ||
---|---|---|
Mês | Bandeira tarifária | Cobrança adicional |
Janeiro | Verde | – |
Fevereiro | Verde | – |
Março | Verde | – |
Abril | Verde | – |
Maio | Amarela | R$ 0,01 por kwh |
Junho | Vermelha 2 | R$ 0,05 por kwh |
Julho | Vermelha 2 | R$ 0,05 por kwh |
Agosto | Vermelha 2 | R$ 0,05 por kwh |
Setembro | Vermelha 2 | R$ 0,05 por kwh |
Outubro | Vermelha 2 | R$ 0,05 por kwh |
Novembro | Amarela | R$ 0,01 por kwh |
Dezembro | Verde | – |
Nos Transportes (4,19%), que detêm cerca de 18,5% do IPCA, os destaques foram: passagem aérea(16,92%), gasolina (7,24%) e ônibus urbano (6,32%).
Após apresentar variação negativa (-1,87%) no ano de 2017, impulsionado pela safra recorde, o grupo Alimentação e bebidas encerra 2018 com uma taxa acumulada de 4,04%. Esse grupo responde por cerca de 1/4 das despesas das famílias e foi o principal impacto no ano com 0,99 p.p. A safra de 2018 ficou cerca de 5% abaixo da do ano anterior, sendo a segunda melhor da série histórica.
Vale lembrar que, no final de maio de 2018, a paralisação dos caminhoneiros provocou um desabastecimento, o que impactou os preços de diversos produtos, levando o grupo a apresentar variação de 2,03% em junho, a segunda maior para um mês de junho desde a implantação do Plano Real.
Os preços dos alimentos para consumo em casa, cujo peso é 15,7%, subiram 4,53%, enquanto a alimentação consumida fora de casa, que pesa 8,8% no índice, apresentou variação de 3,17%, conforme pode ser observado na tabela a seguir:
IPCA – Alimentação – Variação mensal | |||
---|---|---|---|
Mês | Variação mensal (%) | ||
Alimentação e bebidas | Alimentação em casa | Alimentação fora | |
Janeiro | 0,74 | 1,12 | 0,06 |
Fevereiro | -0,33 | -0,61 | 0,18 |
Março | 0,07 | -0,18 | 0,52 |
Abril | 0,09 | 0,27 | -0,22 |
Maio | 0,32 | 0,36 | 0,26 |
Junho | 2,03 | 3,09 | 0,17 |
Julho | -0,12 | -0,59 | 0,72 |
Agosto | -0,34 | -0,72 | 0,32 |
Setembro | 0,10 | 0,00 | 0,29 |
Outubro | 0,59 | 0,91 | 0,02 |
Novembro | 0,39 | 0,34 | 0,49 |
Dezembro | 0,44 | 0,50 | 0,33 |
Acumulado | 4,04 | 4,53 | 3,17 |
Regionalmente, as áreas pesquisadas apresentaram taxas variando do 1,23% de São Luís até os 6,11% da região metropolitana de Porto Alegre, área que lidera o ranking, também, na alimentação em casa, conforme mostra a tabela a seguir:
IPCA – Alimentação – Variação no ano por região | |||
---|---|---|---|
Região | Variação acumulada ano (%) | ||
Alimentação e bebidas | Alimentação em casa | Alimentação fora | |
Porto Alegre | 6,11 | 8,21 | 1,93 |
Vitória | 4,95 | 5,72 | 3,55 |
Salvador | 4,82 | 4,21 | 6,14 |
Curitiba | 4,49 | 4,73 | 4,10 |
São Paulo | 4,43 | 5,43 | 3,01 |
Rio Branco | 4,43 | 4,84 | 3,70 |
Brasília | 4,18 | 5,21 | 2,90 |
Belo Horizonte | 3,79 | 4,58 | 2,19 |
Goiânia | 3,71 | 4,42 | 2,41 |
Campo Grande | 3,39 | 3,42 | 3,33 |
Rio de Janeiro | 3,38 | 2,45 | 4,64 |
Recife | 3,17 | 4,11 | 1,00 |
Fortaleza | 2,83 | 2,61 | 3,46 |
Aracaju | 2,04 | 2,30 | 1,40 |
Belém | 1,64 | 1,73 | 1,33 |
São Luís | 1,23 | 2,18 | -1,47 |
Brasil | 4,04 | 4,53 | 3,17 |
As maiores altas registradas no grupo dos Alimentos em 2018 foram as seguintes:
IPCA – Alimentação – Principais altas em 2018 | |||
---|---|---|---|
Item | 2017 | 2018 | |
Variação (%) | Variação (%) | Impacto (p.p.) | |
Tomate | -4,23 | 71,76 | 0,13 |
Frutas | -16,52 | 14,10 | 0,13 |
Refeição fora | 3,91 | 2,38 | 0,12 |
Lanche fora | 3,81 | 4,35 | 0,09 |
Leite longa vida | -8,44 | 8,43 | 0,07 |
Pão francês | 1,24 | 6,46 | 0,07 |
Carnes | -2,50 | 2,25 | 0,06 |
Batata-inglesa | -3,91 | 23,76 | 0,04 |
Cebola | -0,72 | 36,71 | 0,04 |
Arroz | -10,86 | 5,31 | 0,03 |
Macarrão | -2,90 | 10,53 | 0,03 |
Cerveja fora | 4,35 | 3,71 | 0,03 |
Hortaliças | 0,88 | 10,79 | 0,02 |
Frango em pedaços | -5,13 | 6,44 | 0,02 |
Queijo | -2,61 | 4,17 | 0,02 |
Refrigerante | 2,97 | 2,66 | 0,02 |
Frango inteiro | -8,67 | 4,08 | 0,02 |
Refrigerante fora | 2,00 | 4,70 | 0,02 |
Farinha de trigo | -11,53 | 18,10 | 0,01 |
Iogurte | 0,37 | 5,56 | 0,01 |
Doces | 4,67 | 4,27 | 0,01 |
Pescado | 2,67 | 2,94 | 0,01 |
Leite em pó | -9,56 | 4,10 | 0,01 |
Feijão-carioca | -46,06 | 4,55 | 0,01 |
Cafezinho | 2,56 | 8,64 | 0,01 |
Margarina | 3,02 | 3,97 | 0,01 |
Cenoura | 18,24 | 12,59 | 0,01 |
Enlatados | 2,98 | 3,43 | 0,01 |
Já as principais quedas nesse grupo foram:
IPCA – Alimentação – Principais quedas em 2018 | |||
---|---|---|---|
Item | 2017 | 2018 | |
Variação (%) | Variação (%) | Impacto (p.p.) | |
Café moído | 6,59 | -8,22 | -0,03 |
Farinha de mandioca | -3,93 | -13,26 | -0,02 |
Açúcar cristal | -22,32 | -6,36 | -0,02 |
Alho | -22,50 | -10,81 | -0,01 |
Ovos | 2,94 | -4,03 | -0,01 |
Açúcar refinado | -18,21 | -5,93 | -0,01 |
Feijão-fradinho | -32,42 | -16,73 | -0,01 |
Sorvete | -4,45 | -4,07 | -0,01 |
Saúde e cuidados pessoais fechou o ano com variação de 3,95%. Neste grupo, a pressão veio das mensalidades dos planos de saúde, que ficaram em 11,17%, maior impacto individual no índice anual.
Além dos grupos anteriores, contribuíram de forma positiva no índice do ano: Artigos de residência(3,74%), onde sobressaem os eletrodomésticos (6,28%); Despesas pessoais (2,98%), com destaque para o item empregado doméstico (3,84%) e Vestuário (0,61%), com variação de 1,28% na roupa feminina. Apenas o grupo Comunicação (-0,09%) apresentou taxa negativa, destacando-se o telefone fixo (-1,28%).
Entre os índices regionais, Porto Alegre (4,62%) teve a maior variação, onde destacaram-se as altas nas frutas (46,15%) e na energia elétrica (17,58%). Apesar de Aracaju (2,64%) e São Luís (2,65%) terem apresentado variações menores que a de Recife (2,84%), esta computa integralmente os 12 meses do ano, haja vista que as duas outras, juntamente com Rio Branco (3,44%), foram incorporadas nos índices de preços a partir de maio de 2018. Assim, no índice de Recife (2,84%), as quedas da farinha de mandioca (-23,83%) e do item higiene pessoal (-2,08%) ajudaram a conter a taxa. Os índices acumulados, por região pesquisada, são apresentados na tabela a seguir:
IPCA – Variação anual por região | |||
---|---|---|---|
Região | Peso Regional (%) | Variação anual (%) | |
2017 | 2018 | ||
Porto Alegre | 8,40 | 2,52 | 4,62 |
Rio de Janeiro | 12,06 | 3,03 | 4,30 |
Vitória | 1,78 | 2,55 | 4,19 |
Salvador | 6,12 | 2,14 | 4,04 |
Belo Horizonte | 10,86 | 2,03 | 4,00 |
São Paulo | 30,67 | 3,63 | 3,68 |
Rio Branco* | 0,42 | – | 3,44 |
Curitiba | 7,79 | 3,42 | 3,38 |
Goiânia | 3,59 | 3,76 | 3,14 |
Brasília | 2,80 | 3,76 | 3,06 |
Belém | 4,23 | 1,14 | 3,00 |
Campo Grande | 1,51 | 2,11 | 2,98 |
Fortaleza | 2,91 | 2,27 | 2,90 |
Recife | 4,20 | 3,31 | 2,84 |
São Luís* | 1,87 | – | 2,65 |
Aracaju* | 0,79 | – | 2,64 |
Brasil | 100,00 | 2,95 | 3,75 |
INPC varia 0,14% em dezembro e fecha 2018 em 3,43%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de 0,14% em dezembro, acima dos -0,25% de novembro. Ao lado de dezembro de 2016, é a menor variação para o mês desde o início do Plano Real. O índice fechou 2018 acumulado em 3,43%, acima dos 2,07% de 2017. Em dezembro de 2017, o INPC tinha registrado 0,26%.
Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,45% em dezembro, mesmo resultado registrado no mês anterior. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,01%, acima da taxa de -0,55% de novembro.
Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o de Aracaju (0,83%), reflexo do reajuste de 14,00% na tarifa dos ônibus urbanos (9,43%), em vigor desde 09 de dezembro e do item higiene pessoal (3,90%). Já o índice mais baixo foi na região metropolitana de Curitiba (-0,32%) em função das quedas de 6,40% na gasolina e de 2,80% na energia elétrica. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada:
INPC – Variação por regiões – mensal e acumulada no ano | ||||
---|---|---|---|---|
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | |
Novembro | Dezembro | Ano | ||
Aracaju | 1,29 | -0,36 | 0,83 | 2,32 |
Salvador | 8,75 | -0,21 | 0,63 | 3,70 |
Rio Branco | 0,59 | -0,16 | 0,56 | 3,73 |
Belém | 6,44 | -0,03 | 0,44 | 2,59 |
São Luís | 3,11 | -0,08 | 0,34 | 2,37 |
Recife | 5,88 | -0,08 | 0,28 | 2,30 |
Porto Alegre | 7,38 | -0,54 | 0,20 | 4,56 |
Fortaleza | 5,42 | 0,06 | 0,14 | 2,69 |
Rio de Janeiro | 9,51 | -0,26 | 0,13 | 4,17 |
Campo Grande | 1,64 | -0,43 | 0,10 | 2,57 |
Brasília | 1,88 | -0,58 | 0,04 | 2,24 |
Belo Horizonte | 10,60 | -0,10 | 0,03 | 3,63 |
São Paulo | 24,24 | -0,43 | 0,01 | 3,54 |
Goiânia | 4,15 | 0,34 | -0,10 | 2,88 |
Vitória | 1,83 | -0,41 | -0,27 | 3,96 |
Curitiba | 7,29 | -0,34 | -0,32 | 3,33 |
Brasil | 100,00 | -0,25 | 0,14 | 3,43 |
No fechamento de 2018, o índice acumulou 3,43%, acima dos 2,07% de 2017 em 1,36 p.p. Os alimentostiveram variação de 3,82% enquanto os não alimentícios variaram 3,25%. Em 2017, os alimentos haviam apresentado queda de 2,70% e, os não alimentícios, alta de 4,25%. A tabela a seguir apresenta os resultados por grupo de produtos e serviços.
INPC – Variação acumulada e impacto por grupos – 2018 e 2017 | ||||
---|---|---|---|---|
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
2017 | 2018 | 2017 | 2018 | |
Índice Geral | 2,07 | 3,43 | 2,07 | 3,43 |
Alimentação e Bebidas | -2,70 | 3,82 | -0,85 | 1,15 |
Habitação | 6,35 | 4,48 | 1,11 | 0,82 |
Artigos de Residência | -1,84 | 3,36 | -0,09 | 0,16 |
Vestuário | 2,73 | 0,64 | 0,19 | 0,05 |
Transportes | 4,64 | 4,50 | 0,72 | 0,71 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 4,76 | 1,97 | 0,47 | 0,19 |
Despesas Pessoais | 3,69 | 2,54 | 0,27 | 0,19 |
Educação | 7,01 | 5,34 | 0,21 | 0,17 |
Comunicação | 1,22 | -0,40 | 0,04 | -0,01 |
Quanto aos índices regionais, o maior foi da região metropolitana de Porto Alegre (4,56%), tendo em vista a alta de 44,66% nas frutas e de 17,47% na energia elétrica. Já o índice mais baixo foi o de Brasília (2,24%), onde as quedas da cerveja (-10,73%) e do item higiene pessoal (-7,60%) ajudaram a conter a taxa. Os índices, por região pesquisada, são apresentados na tabela a seguir.
INPC – Variação anual por região | |||
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Região | Peso Regional (%) | Variação anual (%) | |
2017 | 2018 | ||
Porto Alegre | 7,38 | 2,00 | 4,56 |
Rio de Janeiro | 9,51 | 1,26 | 4,17 |
Vitória | 1,83 | 1,85 | 3,96 |
Rio Branco | 0,59 | – | 3,73 |
Salvador | 8,75 | 1,84 | 3,70 |
Belo Horizonte | 10,60 | 1,13 | 3,63 |
São Paulo | 24,24 | 2,68 | 3,54 |
Curitiba | 7,29 | 3,24 | 3,33 |
Goiânia | 4,15 | 3,14 | 2,88 |
Fortaleza | 5,42 | 1,91 | 2,69 |
Belém | 6,44 | 0,74 | 2,59 |
Campo Grande | 1,64 | 0,85 | 2,57 |
São Luís | 3,11 | – | 2,37 |
Aracaju | 1,29 | – | 2,32 |
Recife | 5,88 | 2,62 | 2,30 |
Brasília | 1,88 | 3,09 | 2,24 |
Brasil | 100,00 | 2,07 | 3,43 |
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de novembro a 28 de dezembro de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 27 de outubro a 28 de novembro de 2018 (base).
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