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IPCA varia 0,15% em dezembro e fecha 2018 em 3,75%

O INPC de dezembro foi de 0,14%, acima dos -0,25% de novembro. Ao lado de dezembro de 2016 (0,14%), esta variação foi a menor para o mês desde o início do Plano Real.

Da Redação 

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro foi de 0,15%, ficando acima dos -0,21% de novembro. Essa foi a menor variação para um mês de dezembro desde o início do Plano Real, em 1994. Em dezembro de 2017, o índice tinha sido de 0,44%. O IPCA acumulado em 2018 ficou em 3,75%, 0,80 ponto percentual acima dos 2,95% registrados em 2017.

 

Período TAXA
Dezembro de 2018 0,15%
Novembro de 2018 -0,21%
Dezembro de 2017 0,44%
Acumulado em 2018 3,75%

O INPC de dezembro foi de 0,14%, acima dos -0,25% de novembro. Ao lado de dezembro de 2016 (0,14%), esta variação foi a menor para o mês desde o início do Plano Real. O acumulado de 2018 fechou em 3,43%, acima dos 2,07% de 2017.

O material de apoio desta divulgação pode ser acessado à direita.

Após a queda de 0,21% em novembro, o IPCA registrou variação de 0,15% em dezembro, sob influência, principalmente, do grupo Alimentação e bebidas (0,44%) que, com 0,11 p.p. de impacto, foi responsável por quase 3/4 do índice de dezembro. Por outro lado, os grupos Transportes (-0,54%) e Habitação (-0,15%) vieram com deflação, contribuindo com -0,12 p.p. no IPCA do mês, conforme mostra a tabela a seguir:

IPCA – Variação e Impacto por grupos – mensal
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Novembro Dezembro Novembro Dezembro
Índice Geral -0,21 0,15 -0,21 0,15
Alimentação e Bebidas 0,39 0,44 0,10 0,11
Habitação -0,71 -0,15 -0,11 -0,02
Artigos de Residência 0,48 0,57 0,02 0,02
Vestuário -0,43 1,14 -0,03 0,06
Transportes -0,74 -0,54 -0,14 -0,10
Saúde e Cuidados Pessoais -0,71 0,32 -0,09 0,04
Despesas Pessoais 0,36 0,29 0,04 0,03
Educação 0,04 0,21 0,00 0,01
Comunicação -0,07 0,01 0,00 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços    

O grupo dos alimentos teve aumento nos preços de novembro (0,39%) para dezembro (0,44%), gerando o maior impacto no índice. As maiores pressões vieram dos alimentos para consumo em casa (de 0,34% em novembro para 0,50% em dezembro). Apesar de alguns produtos passarem a custar menos em dezembro, como por exemplo o leite longa vida (-7,73%), o pão francês (-1,31%) e o arroz (-1,19%), outros produtos, também importantes, exerceram pressão contrária, como a cebola (24,03%), a batata-inglesa (20,05%), o feijão-carioca (12,98%), as frutas (3,11%) e as carnes (2,04%). Já a alimentação fora de casa desacelerou de novembro (0,49%) para dezembro (0,33%).

Os maiores impactos individuais no IPCA de dezembro, tanto positiva quanto negativamente, foram registrados no grupo dos Transportes (-0,54% e -0,10 p.p.). São eles: passagem aérea, com alta de 29,12% (0,12 p.p.), e os combustíveis, cujos preços ficaram, em média, 4,25% mais baratos e contribuíram com -0,25 p.p.

Os principais responsáveis pela queda do grupo dos Transportes (-0,54%) foram os combustíveis (-4,25%), em especial a gasolina (-4,80%), acompanhada pelo óleo diesel (-3,45%) e o etanol (-2,70%).

O ônibus urbano (0,13%) incorpora o reajuste nas tarifas em Aracaju (9,43%) de 14,00%, a partir de 09 de dezembro, e de 6,76% em Campo Grande (5,95%), desde 03 de dezembro. No ônibus intermunicipal(0,77%), estão contemplados os reajustes nas tarifas em Aracaju (10,71%) de 14,00%, a partir de 09 de dezembro, e de 9,45% em Porto Alegre (5,98%), desde 1º de dezembro.

No grupo Habitação, a queda de 0,15%, menos intensa que a registrada em novembro      (-0,71%), teve forte influência do item energia elétrica (-1,96% e -0,08 p.p.) e refletiu a mudança na bandeira tarifária, que passou de amarela, em novembro, com a cobrança adicional de R$0,01 para cada kwh consumido, para verde, em dezembro, sem cobrança. As áreas apresentaram variação entre os -8,17% da região metropolitana de Fortaleza e o 6,71% de Rio Branco. Nesta última, o reajuste de 21,29%, em vigor a partir de 13 de dezembro de 2018, foi suspenso em 03 de janeiro de 2019 por determinação judicial.

Ainda no grupo Habitação (-0,15%), o item taxa de água e esgoto (0,71%) retrata o reajuste de 6,04% das tarifas, no Rio de Janeiro (5,65%), em vigor desde 1º de dezembro, e de 8,60%, em Porto Alegre (1,85%), a partir de 16 de dezembro.

No grupo Vestuário (1,14%), os destaques ficam com os itens roupa feminina (2,34%), roupa masculina(1,57%) e roupa infantil (0,91%).

Considerando os demais grupos, destacam-se, no lado das altas, os seguintes itens: plano de saúde (0,80%), empregado doméstico (0,34%) e eletrodomésticos (0,92%).

Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o de Aracaju (0,67%), reflexo do reajuste de 14,00% na tarifa dos ônibus urbanos (9,43%), em vigor desde 09 de dezembro e do item passagem aérea (32,15%). A região metropolitana de Curitiba (-0,17%) apresentou o índice mais baixo em função das quedas de 6,40% na gasolina e de 2,72% na energia elétrica.  A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada:

IPCA – Variação por regiões – mensal e acumulada no ano
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Novembro Dezembro Ano
Aracaju 0,79 -0,31 0,67 2,64
Rio Branco 0,42 -0,11 0,63 3,44
Salvador 6,12 -0,31 0,56 4,04
Belém 4,23 0,00 0,48 3,00
Rio de Janeiro 12,06 -0,02 0,40 4,30
Brasília 2,80 -0,43 0,32 3,06
Porto Alegre 8,40 -0,42 0,26 4,62
São Luís 1,87 -0,11 0,25 2,65
Recife 4,20 -0,11 0,18 2,84
Fortaleza 2,91 -0,07 0,07 2,90
Campo Grande 1,51 -0,31 0,06 2,98
São Paulo 30,67 -0,30 0,03 3,68
Belo Horizonte 10,86 -0,09 0,01 4,00
Vitória 1,78 -0,30 -0,01 4,19
Goiânia 3,59 0,12 -0,03 3,14
Curitiba 7,79 -0,26 -0,17 3,38
Brasil 100,00 -0,21 0,15 3,75

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange 10 regiões metropolitanas, além dos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís. Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de novembro a 28 de dezembro de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 27 de outubro a 28 de novembro de 2018 (base).

IPCA acumula variação de 3,75% em 2018

O IPCA encerrou o ano de 2018 com 3,75% de variação, 0,80 p.p. acima dos 2,95% registrados em 2017. Ao longo de 2018, as taxas se distribuíram da seguinte forma:

IPCA – Mês, trimestre e ano
Mês Variação (%)
Mês Trimestre Ano
Janeiro 0,29 0,29
Fevereiro 0,32 0,61
Março 0,09 0,70 0,70
Abril 0,22 0,92
Maio 0,40 1,33
Junho 1,26 1,89 2,60
Julho 0,33 2,94
Agosto -0,09 2,85
Setembro 0,48 0,72 3,34
Outubro 0,45 3,81
Novembro -0,21 3,59
Dezembro 0,15 0,39 3,75

O índice de 2018 foi influenciado, especialmente, pelas despesas com produtos e serviços dos grupos Habitação, com alta de 4,72% e impacto de 0,74 p.p., Transportes, com alta de 4,19% e 0,76 p.p. e Alimentação e Bebidas, com alta de 4,04% e 0,99 p.p.. Juntos, estes três grupos somam 2,49 p.p., responsáveis por 66% do IPCA. A tabela a seguir mostra os resultados de todos os grupos de produtos e serviços.

IPCA – Variação acumulada e impacto por grupos – 2018 e 2017
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
2017 2018 2017 2018
Índice Geral 2,95 3,75 2,95 3,75
Alimentação e Bebidas -1,87 4,04 -0,48 0,99
Habitação 6,26 4,72 0,95 0,74
Artigos de Residência -1,48 3,74 -0,06 0,15
Vestuário 2,88 0,61 0,17 0,04
Transportes 4,10 4,19 0,74 0,76
Saúde e Cuidados Pessoais 6,52 3,95 0,76 0,48
Despesas Pessoais 4,39 2,98 0,47 0,33
Educação 7,11 5,32 0,33 0,26
Comunicação 1,76 -0,09 0,07 0,00

Ficando atrás apenas do grupo Educação (5,32%), cujo destaque ficou com os cursos regulares (5,68%), Habitação, com 4,72%, foi o grupo que apresentou a segunda maior variação, com impacto de 0,74 p.p. Neste grupo, a principal influência veio do item energia elétrica, com variação acumulada no ano de 8,70% e 0,31 p.p. de impacto.

Em 2018, a variação acumulada da energia elétrica (8,70%) ficou pouco abaixo da registrada no ano anterior (10,35%). As regiões apresentaram variação entre -3,62% em Fortaleza e 17,67% em São Luís. Na primeira, o reajuste de 3,80% nas tarifas foi o menor dentre as áreas pesquisadas. Em São Luís, por sua vez, houve reajuste de 16,94%. Além disso, ao longo do ano, entraram em vigor as bandeiras tarifárias, acarretando em cobrança adicional, conforme apresentado na tabela abaixo:

IPCA – Energia elétrica – bandeiras tarifárias mês a mês
Mês Bandeira tarifária Cobrança adicional
Janeiro Verde
Fevereiro Verde
Março Verde
Abril Verde
Maio Amarela R$ 0,01 por kwh
Junho Vermelha 2 R$ 0,05 por kwh
Julho Vermelha 2 R$ 0,05 por kwh
Agosto Vermelha 2 R$ 0,05 por kwh
Setembro Vermelha 2 R$ 0,05 por kwh
Outubro Vermelha 2 R$ 0,05 por kwh
Novembro Amarela R$ 0,01 por kwh
Dezembro Verde

Nos Transportes (4,19%), que detêm cerca de 18,5% do IPCA, os destaques foram: passagem aérea(16,92%), gasolina (7,24%) e ônibus urbano (6,32%).

Após apresentar variação negativa (-1,87%) no ano de 2017, impulsionado pela safra recorde, o grupo Alimentação e bebidas encerra 2018 com uma taxa acumulada de 4,04%. Esse grupo responde por cerca de 1/4 das despesas das famílias e foi o principal impacto no ano com 0,99 p.p. A safra de 2018 ficou cerca de 5% abaixo da do ano anterior, sendo a segunda melhor da série histórica.

Vale lembrar que, no final de maio de 2018, a paralisação dos caminhoneiros provocou um desabastecimento, o que impactou os preços de diversos produtos, levando o grupo a apresentar variação de 2,03% em junho, a segunda maior para um mês de junho desde a implantação do Plano Real.

Os preços dos alimentos para consumo em casa, cujo peso é 15,7%, subiram 4,53%, enquanto a alimentação consumida fora de casa, que pesa 8,8% no índice, apresentou variação de 3,17%, conforme pode ser observado na tabela a seguir:

IPCA – Alimentação – Variação mensal
Mês Variação mensal (%)
Alimentação e bebidas Alimentação em casa Alimentação fora 
Janeiro 0,74 1,12 0,06
Fevereiro -0,33 -0,61 0,18
Março 0,07 -0,18 0,52
Abril 0,09 0,27 -0,22
Maio 0,32 0,36 0,26
Junho 2,03 3,09 0,17
Julho -0,12 -0,59 0,72
Agosto -0,34 -0,72 0,32
Setembro 0,10 0,00 0,29
Outubro 0,59 0,91 0,02
Novembro 0,39 0,34 0,49
Dezembro 0,44 0,50 0,33
Acumulado 4,04 4,53 3,17

Regionalmente, as áreas pesquisadas apresentaram taxas variando do 1,23% de São Luís até os 6,11% da região metropolitana de Porto Alegre, área que lidera o ranking, também, na alimentação em casa, conforme mostra a tabela a seguir:

IPCA – Alimentação – Variação no ano por região
Região Variação acumulada ano (%)
Alimentação e bebidas Alimentação em casa Alimentação fora
Porto Alegre 6,11 8,21 1,93
Vitória 4,95 5,72 3,55
Salvador 4,82 4,21 6,14
Curitiba 4,49 4,73 4,10
São Paulo 4,43 5,43 3,01
Rio Branco 4,43 4,84 3,70
Brasília 4,18 5,21 2,90
Belo Horizonte 3,79 4,58 2,19
Goiânia 3,71 4,42 2,41
Campo Grande 3,39 3,42 3,33
Rio de Janeiro 3,38 2,45 4,64
Recife 3,17 4,11 1,00
Fortaleza 2,83 2,61 3,46
Aracaju 2,04 2,30 1,40
Belém 1,64 1,73 1,33
São Luís 1,23 2,18 -1,47
Brasil 4,04 4,53 3,17

As maiores altas registradas no grupo dos Alimentos em 2018 foram as seguintes:

IPCA – Alimentação – Principais altas em 2018
Item 2017 2018
Variação (%) Variação (%) Impacto (p.p.)
Tomate -4,23 71,76 0,13
Frutas -16,52 14,10 0,13
Refeição fora 3,91 2,38 0,12
Lanche fora 3,81 4,35 0,09
Leite longa vida -8,44 8,43 0,07
Pão francês 1,24 6,46 0,07
Carnes -2,50 2,25 0,06
Batata-inglesa -3,91 23,76 0,04
Cebola -0,72 36,71 0,04
Arroz -10,86 5,31 0,03
Macarrão -2,90 10,53 0,03
Cerveja fora 4,35 3,71 0,03
Hortaliças 0,88 10,79 0,02
Frango em pedaços -5,13 6,44 0,02
Queijo -2,61 4,17 0,02
Refrigerante 2,97 2,66 0,02
Frango inteiro -8,67 4,08 0,02
Refrigerante fora 2,00 4,70 0,02
Farinha de trigo -11,53 18,10 0,01
Iogurte 0,37 5,56 0,01
Doces 4,67 4,27 0,01
Pescado 2,67 2,94 0,01
Leite em pó -9,56 4,10 0,01
Feijão-carioca -46,06 4,55 0,01
Cafezinho 2,56 8,64 0,01
Margarina 3,02 3,97 0,01
Cenoura 18,24 12,59 0,01
Enlatados 2,98 3,43 0,01

Já as principais quedas nesse grupo foram:

IPCA – Alimentação – Principais quedas em 2018
Item 2017 2018
Variação (%) Variação (%) Impacto (p.p.)
Café moído 6,59 -8,22 -0,03
Farinha de mandioca -3,93 -13,26 -0,02
Açúcar cristal -22,32 -6,36 -0,02
Alho -22,50 -10,81 -0,01
Ovos 2,94 -4,03 -0,01
Açúcar refinado -18,21 -5,93 -0,01
Feijão-fradinho -32,42 -16,73 -0,01
Sorvete -4,45 -4,07 -0,01

Saúde e cuidados pessoais fechou o ano com variação de 3,95%. Neste grupo, a pressão veio das mensalidades dos planos de saúde, que ficaram em 11,17%, maior impacto individual no índice anual.

Além dos grupos anteriores, contribuíram de forma positiva no índice do ano: Artigos de residência(3,74%), onde sobressaem os eletrodomésticos (6,28%); Despesas pessoais (2,98%), com destaque para o item empregado doméstico (3,84%) e Vestuário (0,61%), com variação de 1,28% na roupa feminina. Apenas o grupo Comunicação (-0,09%) apresentou taxa negativa, destacando-se o telefone fixo (-1,28%).

Entre os índices regionais, Porto Alegre (4,62%) teve a maior variação, onde destacaram-se as altas nas frutas (46,15%) e na energia elétrica (17,58%). Apesar de Aracaju (2,64%) e São Luís (2,65%) terem apresentado variações menores que a de Recife (2,84%), esta computa integralmente os 12 meses do ano, haja vista que as duas outras, juntamente com Rio Branco (3,44%), foram incorporadas nos índices de preços a partir de maio de 2018. Assim, no índice de Recife (2,84%), as quedas da farinha de mandioca (-23,83%) e do item higiene pessoal (-2,08%) ajudaram a conter a taxa. Os índices acumulados, por região pesquisada, são apresentados na tabela a seguir:

IPCA – Variação anual por região
Região Peso Regional (%) Variação anual (%)
2017 2018
Porto Alegre 8,40 2,52 4,62
Rio de Janeiro 12,06 3,03 4,30
Vitória 1,78 2,55 4,19
Salvador 6,12 2,14 4,04
Belo Horizonte 10,86 2,03 4,00
São Paulo 30,67 3,63 3,68
Rio Branco* 0,42 3,44
Curitiba 7,79 3,42 3,38
Goiânia 3,59 3,76 3,14
Brasília 2,80 3,76 3,06
Belém 4,23 1,14 3,00
Campo Grande 1,51 2,11 2,98
Fortaleza 2,91 2,27 2,90
Recife 4,20 3,31 2,84
São Luís* 1,87 2,65
Aracaju* 0,79 2,64
Brasil 100,00 2,95 3,75

INPC varia 0,14% em dezembro e fecha 2018 em 3,43%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC apresentou variação de 0,14% em dezembro, acima dos -0,25% de novembro. Ao lado de dezembro de 2016, é a menor variação para o mês desde o início do Plano Real. O índice fechou 2018 acumulado em 3,43%, acima dos 2,07% de 2017. Em dezembro de 2017, o INPC tinha registrado 0,26%.

Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,45% em dezembro, mesmo resultado registrado no mês anterior. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,01%, acima da taxa de -0,55% de novembro.

Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o de Aracaju (0,83%), reflexo do reajuste de 14,00% na tarifa dos ônibus urbanos (9,43%), em vigor desde 09 de dezembro e do item higiene pessoal (3,90%). Já o índice mais baixo foi na região metropolitana de Curitiba (-0,32%) em função das quedas de 6,40% na gasolina e de 2,80% na energia elétrica. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada:

INPC – Variação por regiões – mensal e acumulada no ano
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Novembro Dezembro Ano
Aracaju 1,29 -0,36 0,83 2,32
Salvador 8,75 -0,21 0,63 3,70
Rio Branco 0,59 -0,16 0,56 3,73
Belém 6,44 -0,03 0,44 2,59
São Luís 3,11 -0,08 0,34 2,37
Recife 5,88 -0,08 0,28 2,30
Porto Alegre 7,38 -0,54 0,20 4,56
Fortaleza 5,42 0,06 0,14 2,69
Rio de Janeiro 9,51 -0,26 0,13 4,17
Campo Grande 1,64 -0,43 0,10 2,57
Brasília 1,88 -0,58 0,04 2,24
Belo Horizonte 10,60 -0,10 0,03 3,63
São Paulo 24,24 -0,43 0,01 3,54
Goiânia 4,15 0,34 -0,10 2,88
Vitória 1,83 -0,41 -0,27 3,96
Curitiba 7,29 -0,34 -0,32 3,33
Brasil 100,00 -0,25 0,14 3,43

No fechamento de 2018, o índice acumulou 3,43%, acima dos 2,07% de 2017 em 1,36 p.p. Os alimentostiveram variação de 3,82% enquanto os não alimentícios variaram 3,25%. Em 2017, os alimentos haviam apresentado queda de 2,70% e, os não alimentícios, alta de 4,25%. A tabela a seguir apresenta os resultados por grupo de produtos e serviços.

INPC – Variação acumulada e impacto por grupos – 2018 e 2017
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
2017 2018 2017 2018
Índice Geral 2,07 3,43 2,07 3,43
Alimentação e Bebidas -2,70 3,82 -0,85 1,15
Habitação 6,35 4,48 1,11 0,82
Artigos de Residência -1,84 3,36 -0,09 0,16
Vestuário 2,73 0,64 0,19 0,05
Transportes 4,64 4,50 0,72 0,71
Saúde e Cuidados Pessoais 4,76 1,97 0,47 0,19
Despesas Pessoais 3,69 2,54 0,27 0,19
Educação 7,01 5,34 0,21 0,17
Comunicação 1,22 -0,40 0,04 -0,01

Quanto aos índices regionais, o maior foi da região metropolitana de Porto Alegre (4,56%), tendo em vista a alta de 44,66% nas frutas e de 17,47% na energia elétrica. Já o índice mais baixo foi o de Brasília (2,24%), onde as quedas da cerveja (-10,73%) e do item higiene pessoal (-7,60%) ajudaram a conter a taxa. Os índices, por região pesquisada, são apresentados na tabela a seguir.

INPC – Variação anual por região
Região Peso Regional (%) Variação anual (%)
2017 2018
Porto Alegre 7,38 2,00 4,56
Rio de Janeiro 9,51 1,26 4,17
Vitória 1,83 1,85 3,96
Rio Branco 0,59 3,73
Salvador 8,75 1,84 3,70
Belo Horizonte 10,60 1,13 3,63
São Paulo 24,24 2,68 3,54
Curitiba 7,29 3,24 3,33
Goiânia 4,15 3,14 2,88
Fortaleza 5,42 1,91 2,69
Belém 6,44 0,74 2,59
Campo Grande 1,64 0,85 2,57
São Luís 3,11 2,37
Aracaju 1,29 2,32
Recife 5,88 2,62 2,30
Brasília 1,88 3,09 2,24
Brasil 100,00 2,07 3,43

INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de novembro a 28 de dezembro de 2018 (referência) com os preços vigentes no período de 27 de outubro a 28 de novembro de 2018 (base).

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