Sem reconhecer a derrota e após um chororô na última live transmitida ainda como Presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) empreendeu fuga para os EUA, onde se abrigou na casa do lutador de MMA José Aldo Júnior, no dia 30 de dezembro de 2022, por dois motivos: não passar a faixa presidencial para Lula – imitando João Batista Figueiredo, último mandatário da Ditadura – e evitar uma possível prisão pela perda do foro privilegiado em meio às dezenas de processos pelos supostos crimes que cometeu em seu mandato.
No entanto, a fuga para Kissimmee, nos arredores da Disneylândia, feita no avião presidencial foi paga pelos contribuintes brasileiros e a cifra ficou próxima do milhão.
Segundo informações obtidas pela CNN no Ministério de Relações Exteriores via Lei de Acesso à Informação (LAI), Bolsonaro gastou cerca de R$ 795 mil dos cofres públicos na empreitada.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a pasta gastou US$ 130.788,65, o equivalente a R$ 685.332,52, se considerada a conversão de US$ 1 a R$ 5,24, nesta quinta-feira (16).
Somente as diárias – remuneração extra para aos servidores que o acompanharam – e a hospedagem da comitiva custaram respectivamente $ 150.129,56 e de R$ 152.662,16.
Os gastos incluem ainda o aluguel de veículos, ao custo de R$ 341.962,40, a contratação de intérpretes, no valor de R$ 39.824, e o apoio de auxiliares locais, a R$ 754,40.
Antes da viagem, Bolsonaro deslocou aos EUA o Escalão Avançado e a equipe de apoio da presidência a partir dos dias 27 e 28 de dezembro. Os gastos foram de R$ 94.141,79 de taxas aeroportuárias — apoio de solo e comissária aérea –, R$ 12.317,60 de seguros-viagem de servidores e R$ 3.432,20 de passagem aérea. Ao todo, R$ 109.891,59.
Principal assessor de Bolsonaro, o ex-Bope Max Guilherme, que foi candidato a deputado federal, já embolsou ao menos R$ 64.456,53 em diárias extras desde a fuga do chefe aos EUA.
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