A Advocacia-Geral da União (AGU) elevou o tom sobre a necessidade urgente de ressarcir os milhões de aposentados e pensionistas lesados pela colossal fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A declaração enfática veio após uma reunião estratégica entre o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o recém-empossado ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz. O foco central do encontro, realizado nesta sexta-feira (2), foi a definição de estratégias concretas para garantir a devolução dos astronômicos R$ 6,3 bilhões desviados entre 2019 e 2024.
Em comunicado oficial divulgado logo após a reunião, a AGU não deixou margem para dúvidas: “O ressarcimento é crucial para reparar os danos causados a milhões de brasileiros.” A manifestação sublinha a gravidade do esquema fraudulento, revelado pela Operação Sem Desconto, uma ação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU). A investigação expôs um intrincado sistema de descontos irregulares que sangrou as contas de beneficiários por anos.
Durante o encontro de alto nível, Messias e Queiroz debateram minuciosamente os caminhos para efetivar a reparação financeira às vítimas. A AGU assegurou que suas equipes estão empenhadas em um levantamento detalhado de dados e na preparação das ações judiciais cabíveis para responsabilizar as entidades e indivíduos por trás da fraude. O objetivo primordial é reaver cada centavo subtraído dos segurados do INSS.
O novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, que assumiu o cargo em um momento delicado, com a investigação da fraude em curso, fez questão de transmitir uma mensagem de compromisso e urgência. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, Queiroz reconheceu a magnitude do desafio: “Sei que a tarefa é árdua, mas vou honrar a confiança do presidente Lula e, principalmente, dos aposentados.” Suas palavras sinalizam uma postura firme na busca por justiça para as vítimas.
Apesar da garantia da AGU e do discurso do ministro, detalhes cruciais sobre o modus operandi do ressarcimento ainda não foram divulgados. A expectativa é que o governo federal apresente nos próximos dias um plano de ação detalhado, incluindo um cronograma preciso e os procedimentos que os beneficiários do INSS deverão seguir para reaver os valores que lhes foram indevidamente descontados. A falta de informações concretas ainda gera ansiedade entre os segurados.
Paralelamente aos esforços para o ressarcimento, a AGU e o INSS informaram que estão intensificando as medidas para punir os responsáveis pela fraude. Isso inclui a instauração de rigorosos processos administrativos disciplinares e a propositura de ações de improbidade administrativa contra servidores públicos e as empresas envolvidas no esquema criminoso. A mensagem é clara: a responsabilização é um pilar fundamental para evitar a repetição de fraudes dessa magnitude.
A promessa de ressarcimento, reforçada pela AGU após o encontro com o ministro Wolney Queiroz, representa um raio de esperança para aqueles que foram injustamente lesados por um esquema fraudulento que abalou a confiança no sistema previdenciário. A efetivação dessas medidas será crucial para restaurar a credibilidade do INSS e garantir a segurança financeira de milhões de brasileiros.

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