O Festival Red Bull Amaphiko ocorre no Centro Cultural Grajaú nos dias 15 e 16 de dezembro com intensa programação; confira os destaques
Da redação
O Festival Red Bull Amaphiko chega à terceira edição para reunir, fortalecer e celebrar inovadores sociais. O evento é gratuito e acontece dias 15 e 16 de dezembro, no Centro Cultural Grajaú. Este ano, pela primeira vez, ele sai do Red Bull Station, no centro de São Paulo, e vai para o extremo sul da cidade de São Paulo, com a intenção de reconhecer um território que já inova socialmente há bastante tempo. A programação conta com oficinas, performances, painéis, rodas de conversa, exibição de filme, exposições, shows, intervenções e feira.
Durante os dois dias, a programação contará com oficinas de moda consciente, elaboração de projetos, autocuidado e permacultura; rodas de conversa com pessoas referência no empreendedorismo (como Adriana Barbosa, da Feira Preta), líderes locais (como Jera Guarani, índia da aldeia Tenondé Porã) e feira com empreendedores da região. O skatista Sandro Dias fará a inauguração de uma pista de skate no bairro, como parte do projeto Red Bull Do It Yourself e também estará no festival para contar sobre a ação.
Entre as atrações musicais, haverá roda de samba com os grupos SVPC, Pagode da 27 e Samba da Praça. O coletivo Graja Minas convida a rapper Drik Barbosa para um show, e o evento se encerra com a festa de dancehall Jah!spora, com participação de Lei di Dai, empreendedora social criadora do Gueto pro Gueto e rainha brasileira do dancehall.
Em conjunto
Acreditando no poder da construção coletiva, a Red Bull Amaphiko convidou cinco coletivos locais para fazerem a curadoria de todo o festival. São eles: Periferia em Movimento, Nóis por Nóis, Casa Ecoativa, Imargem e Abebé, além do produtor independente Leandro Sequelle. A proposta do evento é mostrar o que já há de potente no Grajaú e, por isso, grande parte da agenda será composta por artistas e empreendedores da região.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO |
>>> Dia 15/12
Calçadão
11h30 às 19h
> Feiras: Alimentação Saudável e Empreendedores locais
> Intervenções:
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Lixeiras-obra, artista Alexandre Quincas: lixeiras unindo estética, utilidade e reutilização de materiais descartados.
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Barco à vela, projeto Navegando nas Artes: barco da iniciativa que promove vivências náutica na Represa Billings
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Painéis de grafite, coletivo Imargem
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Ambulante Marginal: uma obra de arte móvel e multimídia, inspirada nas formas de comunicação populares atuantes no Grajaú, encontradas em ambulantes de pipoca, churrasquinho, verduras, cocadas e CD’s.
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Gestão de resíduos por Cooperpac
> 11h00 – 11h30: Apresentação com grupo de Capoeira Semente do Jogo de Angola
> 12h30 – 14h: Alimentando Pontes: intervenção de alimentação, com chefes de cozinha do lado de lá da ponte com chefes do lado de cá da ponte cozinhando juntos.
> 14h30 – 16h: Debate-papo: deserto alimentar – Roda de conversa com pessoas atuantes no ramo alimentício, vendendo e tornando acessível a alimentação natural e orgânica para a quebrada (periferias).
Cinema
> 11h30 – 13h: Debate-papo – Reinventar para resistir com Salloma Salomão, Dorothy de Souza e Jerá Guarani. Mediação de Cristiane Rosa.
> 14h – 15h30: Papo-reto – Extremo Sul: identidades, território e resistência com Pantchos Hamburgueria / Espaço Cultural Cazuá / A Bordar Espaço Terapêutico / Escritureiros / Perifeminas / Navegando nas Artes
> 15h30 – 16h: Debate-papo – Red Bull Do It Yourself com Sandro Dias e Douglas Fontes
> 16h – 17h: Papo-reto – Extremo Sul: identidades, território e resistência com Boom Box / A7MA / Cooperpac / Asé Ylê do Hozooane / Quebramundo
> 17h – 17h30 – Documentário “A Outra Face do Lixo”, por Núcleo Pele
> 17h30 – 19h: Debate-papo – Redes que fortalecem o trampo com Ciléia Biaggioli (Teatro Rocokóz) / Adriana Barbosa (Feira Preta) e Leandro Sequelle.
Saguão
> 11h – 19h: Exposições – Direitos Humanos (Imargem); Autocuidado e Moda (Abebé)
Teatro
> 14h – 16h: Oficina – Como tirar sua ideia do papel: estruturar projetos com metodologias facilitadas, aplicativos e ferramentas acessíveis
>17h – 19h: Oficina – Audiovisual para todxs: técnicas do cinema de maneira facilitada, em busca do empoderamento tecnológico, com o objetivo de fazer vídeos interativos ou registros importantes “do Grajaú pro Mundo”, com uso do celular ou ferramentas acessíveis.
Sala Vermelha
> 14h – 16h: Oficina – Saberes ancestrais: vivência com o objetivo de fomentar três pilares socioambientais: cuidar da natureza, das pessoas e da sustentabilidade, além de aproximar grupos étnicos para mostrar que “eu sou porque nós somos”, filosofia Ubuntu.
> 17h – 19h: Oficina – Constelação familiar: terapia voltada para o Sistema Emocional, por meio de técnicas que buscam ressiginificar os sentimentos de raiva, depressão e o vazio, substituindo por sentimentos de leveza, completude e amor.
>> às 9h: inauguração da pista de skate no Parque Linear Cantinho do Céu, com o skatista Sandro Dias
>>> Dia 16/12
Calçadão
11h30 às 19h
> Feiras: Alimentação Saudável e Empreendedores locais
> Intervenções: Lixeiras-obra, Barco à vela, Paineis Graffiti e Ambulante Marginal
> Gestão de resíduos por Cooperpac
Calçadão (Palco)
> 12h – 13h: Roda de samba – Guga Samba e Cia convida SVPC / Pagode da 27 e Samba da Praça, grupos de samba/pagode da região
> 14h30 – 15h30: Aula de dança com os fellows da Red Bull Amaphiko: Flora Bitancourt (Movimentarte), Lucas Santos (Favela em Dança) e Rubens Oliveira (Gumboot)
> 17h30 – 18h30: Graja Minas convida Drik Barbosa
O grupo formado por MCs, cantoras e articuladoras culturais convida a rapper para apresentarem autorais, enaltecendo a resistência feminina.
> 20h – 21h30: Festa Jah!spora convida Lei di Dai
Festa que celebra a igualdade, coletividade e diversidade com os ritmos dancehall, afrobeats, hip-hop e funk e para esta edição convidam a cantora Lei di Dai, referência do dancehall brasileiro e fellow Red Bull Amaphiko com o projeto Gueto pro Gueto.
Calçadão (Arena)
> 11h – 12h: Contação de História com Chico Contador
> 13h30 – 14h30: Esquete Circo/Teatro – Teatro de Rocokóz
> 16h30 – 17h30: Poesia com Sarau das Pretas, ação artístico-literária protagonizada por mulheres negras atuantes no cenário cultural periférico da cidade de São Paulo. O espetáculo acontece por meio da palavra falada, cantada ou declamada, dos tambores e de seus corpos em constante movimento.
> 19h – 20h: Batalha de conhecimento com Grajaú Rap City
Teatro/Jardim
> 11h – 12h: Oficina – Permacultura Urbana: introdução a técnicas de permacultura urbana com foco para pequenos espaços como compostagem, hortas e cisternas.
> 13h – 14h30: Debate-papo – Permacultura na Quebrada: discussão com coletivos atuantes nas periferias colocando suas perspectivas e formas de atuação para melhoria de qualidade de vida da região em que atuam.
> 15h30 – 17h: Oficina – Plante Poemas: intervenção artística convida o público a criar um texto poético que será “plantado” em um canteiro coletivo.
Saguão
> 11h – 19h: Exposições: Direitos Humanos (Coletivo Imargem); Autocuidado e Moda (Coletivo Abebé)
Sala Vermelha
> 13h – 14h30: Oficina – Estética afro-indígena: técnicas sustentáveis e acessíveis para criar uma rotina de cuidados com a pele, trabalhando não só a beleza externa mas enaltecendo a beleza interior por meio do autoconhecimento.
> 15h30 – 17h: Oficina – Moda Consciente: a moda de forma criativa e sustentável, suas manifestações práticas, o garimpo e a rede de brechós do território. Cada participante levará uma peça para a atividade, para customização coletiva, com técnicas de reconstrução de peças antigas. A mensagem é: a periferia quem dita a moda e não a indústria.
SERVIÇO:
Festival Red Bull Amaphiko
Dias 15 de dezembro (das 11h às 19h) e 16 de dezembro (das 11h às 21h).
Local: Centro Cultural Grajaú – R. Prof. Oscar Barreto Filho, 252 (Próximo à estação Grajaú da CPTM)
Entrada gratuita.
Sobre a Red Bull Amaphiko
Red Bull Amaphiko é um programa que, desde 2014, dá asas a pessoas e ideias transformadoras. Presente no Brasil, na África do Sul e nos Estados Unidos, apoia e oferece mentoria, formações e conexões a projetos de empreendedores sociais que estão mudando a realidade de suas cidades e comunidades. O projeto Navegando nas Artes, do Grajaú, é um dos fellows da rede Amaphiko. Saiba mais sobre o programa clicando aqui.
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