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Empresa sustentável: mais do que cuidar do meio ambiente, cuidar das finanças

Ser sustentável é afirmar que se respeita o consumidor, e que ele pode confiar e “amar” sua marca, sem culpa, sabendo que indiretamente ele mesmo está fazendo um bem ao planeta.

Por Alexandre Pierro

 

 

Quando o termo “empresas sustentável” ganhou notoriedade, a maioria das organizações não fazia ideia do que isso realmente significava para o todo de seu negócio. Muitas delas abraçaram a causa por questões de preocupação ambiental, vendo na “moda” uma oportunidade de colocar em prática valores que já possuíam, e tantas outras simplesmente queriam se reafirmar perante seus consumidores exigentes de uma postura renovada da empresa. Para não ficar para trás e perder público, quase todo mundo buscou se tornar um pouco mais sustentável. Talvez tenha sido esse um dos primeiros valores que mudaram a forma como as pessoas passaram a se relacionar com as marcas.

Na era do lover e hater, ser sustentável é quase uma demanda básica. Porém, a verdade é que muitos adotaram essa postura por uma questão de relacionamento, e não de valor de gestão empresarial, um erro básico. Por estarem distantes da realidade da sustentabilidade, muitas empresas não entendiam, e ainda não entendem o potencial financeiro de realmente cuidar do meio ambiente. Falando primeiramente do óbvio, a imagem da empresa nunca esteve tão em jogo quanto hoje. Ser sustentável determina ter ou não um consumidor fiel. O boicote a marcas que agridem o meio ambiente, que poluem, tem escala mundial graças a internet.

Ser sustentável é afirmar que se respeita o consumidor, e que ele pode confiar e “amar” sua marca, sem culpa, sabendo que indiretamente ele mesmo está fazendo um bem ao planeta. Seguindo essa lógica, realmente há muito a se ganhar com uma adequada gestão de resíduos. Empresas que implementam processos de gestão adequada de resíduos, ou cuidado com poluentes que possam ser gerados em suas produções, ganham em diversos momentos do processo produtivo. Basicamente temos que levar algumas coisas em consideração.

Primeiramente, os recursos naturais são finitos. Uma hora eles irão acabar, e mesmo que isso não aconteça no tempo de vida de um gestor X ou Y, a empresa precisa existir com o olhar no futuro, de forma a ser muito mais longeva do que seu fundador. Sendo assim, é preciso aproveitar o máximo de um recurso, e isso significa, basicamente, aplicar a reciclagem. Reciclando é possível garantir que a matéria prima se renove, assim como a fonte de produção da empresa. Sem matéria prima, sem empresa. Isso não é discutível, é só a realidade.

Em um segundo momento é preciso se preocupar com o impacto ambiental da empresa na região onde ela se encontra. O Brasil é um dos países com mais processos por saúde ocupacional, dos funcionários, e das populações que moram ao redor das empresas. Poluentes mal descartados, não tratados, geram contaminação nas comunidades que, não só consomem o que a empresa produz como são parte de seu corpo de funcionários e seus familiares. Há perdas em mão de obra, e também em processos judiciais contra a empresa. A empresa acaba por se auto infligir ataques em sua estrutura mais básica.

O modo como a empresa lida com essas questões, a gestão de pessoal em seus aspectos físicos e psicológicos, determinam ganhos e perdas da empresa. As empresas esquecem que são responsáveis, pela comunidade em que estão inseridas. É essa comunidade que a faz movimentar seus negócios em primeira instância, por maior que seja companhia. Cuidar de saúde e bem estar, físico e mental, dessas comunidades é primordial. Perda de pessoal, seja por problemas de saúde ou judiciais, geram novos encargos de contratação, de gestão de pessoal, etc. O dinheiro só sai, e enquanto isso seu consumidor se afasta mais ainda de você. É cíclico.

A verdade é que lidar com todo esse problema é simples. É preciso aplicar à empresa processos e diretrizes que manobrem a operação para agir de forma realmente sustentável. Não é uma questão de selo de comprovação, embora ele ajude na hora de comunicar ao seu público sua consciência ambiental, é uma questão de poupar e ganhar dinheiro com os novos processos. Certificar sua empresa na ISO14001 é o primeiro passo. Ela fala justamente de práticas de sustentabilidade para as empresas. A certificação é testada, estudada, atualizada, e realmente garante que a empresa tenha estrutura sólida para agir de forma sustentável.

A chave de tudo é a mudança, a construção de novos hábitos, a busca por novos meios de enxergar e lidar com problemas antigos, e é por isso que a certificação geralmente é a chave para atingir esses resultados. Feito isso é possível pensar em melhor se comunicar com a comunidade, e ai sim atestar “minha empresa é sustentável”, sem modismo, sem belos ideais e práticas falhas, com real consciência e lucro.

Alexandre Pierro é engenheiro mecânico, bacharel em física aplicada pela USP e fundador da PALAS, consultoria em gestão da qualidade.

Sobre a PALAS:

www.gestaopalas.com.br / (11) 9 8654 3449

PALAS é uma consultoria especializada em sistemas de gestão da qualidade para pequenas e médias empresas. Entre os serviços estão auditorias para certificações ISO, projetos Six Sigma, PMBoK, LTA (Laudo Técnico de Avaliação), mapeamento de riscos, melhoria de layouts, aplicação de métodos estatísticos e elaboração de banco de dados para gestão de documentos. Outra área de destaque da PALAS é a de treinamentos. Atualmente, são oferecidos cursos in company sobre gestão de riscos, melhoria/otimização de processos, e de gestão ISO nas certificações de qualidade (ISO 9001), ambiental (ISO 14001), risco (ISO 31000) e saúde e segurança (OHSAS 18001 e ISO 45000). Os benefícios proporcionados por seus serviços são melhorias em processos, redução de desperdícios.

Foto: Divulgação

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