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Em debate, David e Omar escondem ligações com José Melo

David Almeida foi líder do governo e eleito presidente da Assembleia Legislativa do Estado com o apoio de José Melo.

Da redação

Durante todo o debate realizado nesta segunda-feira pela Rede Tiradentes de Rádio e Televisão, os candidatos ao governo do Amazonas David Almeida (PPS) e Omar Aziz (PSD) esconderam que apoiaram e protegeram com unhas e dentes o pior governador da história do Amazonas, que terminou cassado por compra de votos e preso acusado de receber propina no esquema descoberto pela Operação Maus Caminhos.

David Almeida foi líder do governo e eleito presidente da Assembleia Legislativa do Estado com o apoio de José Melo. Na presidência da Assembleia, conseguiu impedir a instalação de diversas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) contra o ex-governador, inclusive a da operação Maus Caminhos. Omar Aziz foi o principal cabo eleitoral de Melo, na eleição em que a imprensa nacional noticiou um acordo com líderes de facção criminosa, em troca de votos para eleger o ex-governador, em 2014.

José Melo, Lava Jato, Maus Caminhos, R$ 5 bilhões da Suhab, superfaturamento em cirurgias, pagamento de R$ 10,5 milhões para sogro de deputado e a ligação direta de um candidato com o um grupo econômico de comunicação foram assuntos proibidos no debate entre candidatos ao governo do Amazonas realizado, nesta segunda-feira, pela Rede Tiradentes de Rádio e Televisão. Participaram os candidatos Omar Aziz (PSD), David Almeida (PSB), Berg da UGT (Psol) e Wilson Lima (PSC).

Lava Jato e Maus Caminhos eram assuntos que não interessavam ao candidato Omar Aziz. Ele foi acusado de receber propina do esquema da Lava Jato na obra de construção da Ponte Rio Negro. E foi delatado, oficialmente, e responde na Justiça, acusado de receber propina do esquema do empresário Mouahamad Moustafa, preso na operação Maus Caminhos, que segundo a Polícia Federal (PF) desviou mais de R$ 100 milhões da saúde pública do Estado.

A dispensa de licitação de R$ 5 bilhões para a contratação de uma empresa, por um trabalho de menos de dois meses que não colocou um único centavo nos cofres do Estado, o superfaturamento de cirurgias com promessa não cumprida de que ia acabar com filas e o pagamento de R$ 10,5 milhões para o sogro do deputado Abdala Fraxe, seu amigo e correligionário, são assuntos que não interessam ao candidato David Almeida. Os escândalos marcaram os cinco meses de governo dele.

Também foi assunto proibido no debate da Rede Tiradentes o envolvimento de Wilson Lima com o grupo Calderaro de Comunicação, dono da TV A Crítica e do jornal A Crítica. Lima também não foi perguntado e se livrou de responder sobre as acusações de que é ‘laranja’ no processo eleitoral, para beneficiar um dos candidatos. Também não teve que responder sobre sua falta de experiência para a condução de um Estado do tamanho do Amazonas.

Berg da UGT teve uma participação criticada, nos bastidores, por companheiros de partido, pois segundo eles ‘pegou leve’ com os adversários, repetindo o mesmo discurso com relação aos problemas do Estado. Companheiro de partido de Berg consideraram que ele deveria ter sido mais incisivo nas críticas, principalmente a Wilson Lima, que, na televisão, como apresentador, não mede esforços para bater em trabalhadores como motoxistas e motoristas de ônibus quando estes reivindicam seus direitos.

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