Em um ano pré-eleitoral, os pretensos candidatos às eleições estaduais de 2026 intensificaram suas agendas no interior do Estado. A ideia dos políticos é alcançar a preferência do eleitorado no interior, levando em consideração a forte disputa de votos na capital.
Com dificuldades na capital, até pelo fato de não conseguir eleger o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Roberto Cidade (UB), à Prefeitura de Manaus, o governador Wilson Lima (União Brasil) programou uma agenda com inauguração, visitas às lideranças e reuniões no interior do Estado.
Wilson Lima contava com a vitória em Parintins, no entanto, com a derrota para o nome apontado pelo senador Omar Aziz (PSD), candidato ao governo do Amazonas em 2026, Lima busca apoio em cidades mais distantes.
No pleito de 2024, Omar garantiu a vitória de Mateus Assayag (PSD), com o apoio do ex-prefeito Bi Garcia, do mesmo partido.
Vale lembrar que durante a disputa em Parintins, o primeiro escalão do governo Wilson Lima se envolveu em um escândalo que terminou em demissões e investigações por suspeita de uso da máquina para ajudar a candidata do governo, a ex-vereadora Brena Dianna (União Brasil).
Desidratado
O cenário mostra uma desidratação de Wilson Lima, na capital, mas, também no interior, levando em consideração que mesmo elegendo 35 prefeitos nas eleições de 2024, pelo União Brasil, o atual governador do Amazonas já sabe que não poderá contar com o apoio de todos em uma possível disputa por uma vaga no Senado Federal.
Tanto, que o próprio governador agendou uma reunião com diversos ex-prefeitos.
Dos nomes que estava apostando no interior, por exemplo, do prefeito Mário Abrahim, (Republicanos) de Itacoatiara, distante 271 quilômetros de Manaus, existe a grande possibilidade de Lima não receber o apoio em 2026, levando em consideração a “parceria” existente entre Mário e o prefeito eleito em Coari, distante 363 quilômetros de Manaus, Adail Pinheiro (Republicanos). O prefeito se reuniu algumas vezes no escritório de Pinheiro, localizado no Planalto.
É importante ressaltar que o prefeito de Coari já iniciou conversas para emplacar o nome do deputado federal Adail Filho como vice de Omar.
Saindo do Rio Amazonas e indo em direção ao Rio Solimões, em Tefé, distante 523 quilômetros de Manaus, comandado pelo prefeito Nicson Marreira (União Brasil), Lima também pode encontrar dificuldade de apoio. Marreira é da base do Senador Omar Aziz, que tem a liderança do ex-prefeito da cidade, Sidônio Gonçalves (PSD).
Não tão distante da ex-princesinha do Solimões, em Alvarães, distante 531 quilômetros de Manaus, temos os prefeitos Lucenildo (União Brasil), que também tem forte ligação com Aziz e teve o apoio na eleição do ano passado, assim como Nicson, do ex-prefeito Sidônio.
Ainda na mesma Região, citamos o nome do prefeito eleito em Uarini, distante 570 quilômetros de Manaus, Marcos Martins (União Brasil), que tem forte ligação com o prefeito de Tefé, que, por sua vez, é da base de Omar.
Em direção à Rio Preto da Eva, apesar de Wilson Lima eleger o prefeito pelo União Brasil, vale lembrar que o candidato foi apoiado por Anderson Souza, mesmo partido do governador, mas, que, “toma às bênçãos”, do cacique político Omar Aziz, tanto, que o nome para eleição para presidência da Associação de Municípios (AAM) foi definida pelo senador. Quem chegou atrasado à época foi o prefeito de Tefé, que sonhava em comandar a autarquia, mas, em viagem de férias, perdeu tempo e quando chegou em Manaus, Anderson já tinha recebido o aceite de Omar. Restou o cargo de vice para Nicson Marreira.
Corrida em busca de água
Ainda falando em nomes bons de votos no pleito de 2022, o deputado federal Amom Mandel (Cidadania), que foi o parlamentar mais bem votado na história do Amazonas, com 288.555 mil votos, com o simples “jargão” “beba água”, nas eleições municipais de 2024 saiu derrotado e em terceiro colocado.
Agora, Amom resolveu elevar as apostas, “beber bastante água” e seguir em uma intensa agenda no interior do Estado.
As agendas também foram intensificadas pelo senador Eduardo Braga e Omar Aziz. O senador do PSD já garantiu o apoio de Braga e David Almeida (Avante). O peemedebista Eduardo Braga busca reeleição, e aposta na “dobradinha” de Aziz e Almeida para avançar na candidatura à reeleição ao Senado Federal.
Quem está bem atrás dessa corrida é o senador Plínio Valério (PSDB), que conseguiu eleger apenas um prefeito no interior. Será que Valério conta com o apoio dos bolsonaristas?
Veja como ficou o cenário no interior:
O MDB de Braga elegeu prefeitos em Amaturá, Anamã, Apuí, Benjamin Constant, Boca do Acre, Carauari, Eirunepé, Itamarati, Itapiranga, Juruá, Manacapuru, Manaquiri, Nova Olinda do Norte, Santo Antônio do Içá.
O União Brasil de Lima elegeu prefeitos em Alvarães, Atalaia do Norte, Barcelos, Barreirinha, Caapiranga, Canutama, Codajás, Guajará, Humaitá, Iranduba, Japurá, Jutaí, Maraã, Nhamundá, Novo Airão, Novo Aripuanã, Rio Preto da Eva, Santa Isabel do Rio Negro, São Paulo de Olivença, São Sebastião do Uatumã, Tefé, Uarini, Urucará.
O PSD de Omar elegeu prefeitos em Boa Vista do Ramos, Careiro da Várzea, Envira, Manicoré, Parintins, Pauini.
Já o Republicanos, do deputado Silas Câmara, elegeu prefeitos em Anori, Borba, Careiro, Coari, Fonte Boa, Itacoatiara, Silves, Tabatinga e Tonantins.
O PP, comandado por Rodrigo de Sá, da base de Wilson Lima, elegeu prefeito em Autazes.
Comandado pela deputada Alessandra Campêlo, base de Wilson Lima, o Podemos elegeu prefeito em Beruri.
O PSDB do senador Plínio Valério elegeu prefeito em Ipixuna.
O PL elegeu prefeitos em Lábrea, Presidente Figueiredo.
O Avante elegeu em Manaus o prefeito David Almeida.
O PDT elegeu um prefeito em Maués.
Já o PT elegeu prefeitos em São Gabriel da Cachoeira e Urucurituba.
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