O dólar bateu um novo recorde nesta terça-feira (6) frente ao euro desde 2002 e desde 1998 perante o iene, impulsionado pela resistência da economia dos Estados Unidos, que prevê a continuidade do ajuste das taxas básicas de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano).
Por volta das 19H15 GMT (16h15 de Brasília), a moeda americana era cotada 0,21% acima da divisa europeia.
O euro era negociado a 0,9906 dólar, embora antes tenha chegado a valer 0,9864 dólar pela primeira vez desde dezembro de 2002.
No caso do euro e do dólar, o peso da crise energética na Europa – que desde a sexta-feira se agravou pelo anúncio do adiamento sem data prevista para a reabertura do gasoduto Nord Stream 1-, lastreia a moeda única do bloco.
Para os economistas da Pantheon Macroeconomics, a queda do euro frente ao dólar “será motivo de inquietação” para o Banco Central Europeu (BCE) por sua capacidade de agravar a inflação na zona do euro, já historicamente alta.
Isso poderia levar o BCE a jogar “forte” na quinta-feira durante a reunião de seu conselho de governadores e elevar em 0,75 ponto percentual sua taxa básica de juros, algo inédito, segundo estes especialistas.
Enquanto isso, o dólar era cotado a 143,07 ienes, algo sem precedentes desde agosto de 1998.
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