Os depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), estão sendo gravados em vídeo, segundo fontes da Polícia Federal (PF). Delegados ouvidos pela CNN explicaram que esse tipo de medida não é comum em oitivas.
A reportagem apurou que a PF está reforçando o cuidado com as informações prestadas pelo militar em três depoimentos. Com isso, além da transcrição, os investigadores têm em mãos o registro em vídeo da confissão, que pode ser utilizado como elemento comprobatório.
Esse tipo de material é utilizado principalmente em colaborações premiadas. Nesse caso, será incluído no inquérito que corre no setor de Inteligência da PF e é relatado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Longos depoimentos
Em três dias, o tenente-coronel Mauro Cid já prestou 24 horas de depoimento aos investigadores da Polícia Federal.
Na sexta-feira passada (25), o militar ficou duas horas na sede da PF. Houve queda no sistema e Cid foi chamado para continuar o depoimento na segunda-feira (28), quando ficou por dez horas prestando informações à polícia.
O terceiro depoimento em uma semana, nesta quinta-feira (31), foi o mais longo: 12 horas. Mauro Cid chegou às 9h16 na PF de Brasília e só deixou a sede por volta das 21h.
Além dele, foram chamados o ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o pai de Cid, general Mauro Lourena Cid, além do advogado Frederick Wassef, e os ex-assessores Fabio Wajngarten, Marcelo Câmara e Osmar Crivelatti.
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