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Conservadorismo é visto como o resgate de um passado utópico

Especialista comenta como a atualidade dos valores conservadores podem ser desmistificadas a partir da análise histórica desta escola de pensamento
Foto: Divulgação

O conservadorismo atualmente é visto como o resgate de um passado utópico e que tem como base a interferência nas liberdades individuais de acordo com interpretações religiosas. Apesar da relevante presença nos recentes processos políticos do país, a concepção desta ideologia pode não ser como a maioria das pessoas acreditam.

Especialistas que têm o conservadorismo como filosofia econômica, defendem que este conceito não define os valores conservadores e que, além disso, pode ser expresso como algo que é contrário aos seus objetivos. O que pode ser explicado quando se compreende que os ideais conservadores estão focados na consolidação dos poderes das principais instituições do país e na liberdade econômica.

Para esclarecer este engano e estabelecer as reais ideias concebidas por esta corrente, Márcio Coimbra, presidente da Fundação da Liberdade Econômica (FLE), convidou o historiador, editor e professor de Filosofia Política, Alex Catharino para participar do #42 episódio do podcast Liberdade em Foco.

Durante a conversa, disponível no Spotify e no site da instituição, eles discorreram sobre o assunto analisando a origem do conservadorismo na Inglaterra e também buscaram examinar o percurso histórico desta corrente econômica no Brasil.

A partir disto, Catharino explicou como os primeiros conservadores brasileiros definiram as raízes do que viria a ser a definição da ideologia ainda durante o período imperial.

Na época em questão, eles buscaram garantir o equilíbrio institucional a partir da figura do imperador que atuaria como mediador entre as facções políticas. Um período em que o país viveu uma experiência próxima ao estado republicano.

Os conservadores, ao longo deste processo, analisaram, desde sempre e de forma prudente, as reformas que precisavam ser feitas enquanto eram fortalecidas as entidades do Estado.

Apesar de assegurar a atuação dos poderes públicos, as liberdades individuais e a economia mercantil sempre foram prioridade dos conservadores que visavam a modernização gradual do país.

Catharino aponta que os problemas estruturais do Brasil acontecem por herança do patrimonialismo ibérico que esteve presente de maneira evidente desde a colonização.

A concretização de uma ordenação social, de acordo com o que desejavam os primeiros conservadores, seria garantida apenas com o estabelecimento de uma base moral sólida que traria ao país uma democracia representativa de verdade.

O debate completo pode ser conferido no podcast Liberdade em Foco. O programa busca trazer à luz discussões atuais e o exame histórico de temas importantes para a liberdade econômica e o conservadorismo institucional com a avaliação de especialistas capacitados nas áreas em questão. Confira todos os episódios no Spotify e no site da FLE.

Sobre a FLE

A Fundação da Liberdade Econômica (FLE) é um centro de pensamento, produção de conhecimento e formação de lideranças políticas. É baseada nos pilares da defesa do liberalismo econômico e do conservadorismo como forma de gestão. Criada em 2018, a entidade defende fomentar o crescimento econômico, dando oportunidades a todos. Nesse sentido, investe em programas para a formação acadêmica, como centro de pensamento e desenvolvimento de ideias. Ao mesmo tempo, atua como instituição de treinamento para capacitar brasileiros ao debate e à disputa política.

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